O Tribunal de Contas da União (TCU), sob pedido do Ministério Público, deve encaminhar uma investigação sobre a licitação aberta pelo do Supremo Tribunal Federal (STF) para monitoramento das redes sociais. A peça foi apresentada pelo subprocurador Lucas Furtado, mas ainda não foi apreciada.
Conforme contamos aqui, no edital da licitação do STF é mencioanado que esse monitoramento ocorrerá nos perfis oficiais da Corte nas redes sociais e de palavras-chave e temas de interesse definidos pelo Tribunal, de forma a viabilizar a análise da presença digital do STF nessas mídias, e deve acontecer 24 horas por dia e 7 dias por semana.
Segundo o STF, esse monitoramento “trata-se de um serviço para compilar o conteúdo público das redes sociais sobre o STF, assim como já existe o clipping para as notícias dos jornais e dos sites. A consolidação do conteúdo público das redes é feito na maioria dos órgãos da administração pública e orienta os trabalhos da comunicação social, para a definição de temas que devem ser melhor explicados à sociedade, por exemplo”.
Seguindo um procedimento de praxe, em que gastos públicos estão envolvidos, o TCU foi solicitado a investigar a licitação. O STF espera pagar até R$ 344 mil pelo serviço que terá vigência de um ano. A empresa contratada precisa ser capaz de atender os seguintes pontos:
- Análise da imagem do STF;
- Identificação de assuntos relevantes abordados nas plataformas digitais, relacionados a suprema Corte;
- Emissão de relatórios com balanços diários, semanais e mensais. Os ministros terão acesso a esses relatórios;
- Avaliação geral do impacto da mobilização em torno de temas relacionados à Corte, avaliando suas consequências para a sociedade;
- Rastreamento e identificação dos autores das publicações, principalmente das que possuem cunho negativo.
A análise do TCU deve ter relatoria do ministro Jhonatan de Jesus. Não há um prazo para que o Tribunal se posicione sobre o tema.
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