A Samsung começou oficialmente a produzir em massa sua nova geração de memórias HBM4 — um passo estratégico para voltar a disputar a liderança no mercado de componentes para inteligência artificial. Pressionada pela ascensão da rival SK Hynix, a gigante sul-coreana quer retomar contratos com empresas como a NVIDIA, que hoje adota as memórias HBM3E em suas GPUs de última geração, como a H100 e a H200.
Com o mercado de IA em expansão acelerada, a movimentação da Samsung não é apenas uma resposta competitiva — é uma tentativa de reposicionamento em um setor que já movimenta bilhões e será ainda mais crucial nos próximos anos.
Segundo estimativas revisadas da IDC, o mercado global de software de IA (incluindo plataformas, aplicações e ferramentas de infraestrutura) deve alcançar cerca de US$ 307 bilhões em 2027, registrando um crescimento anual composto de 31,4% desde 2022
O que muda com a HBM4
As memórias HBM4 prometem avanços técnicos que vão além de uma simples atualização: segundo fontes da indústria, a largura de banda salta até 45% em relação à geração anterior, com ganhos significativos também em eficiência energética. Isso as torna especialmente atraentes para aplicações que exigem alto desempenho, como grandes modelos de IA generativa e supercomputação.
Essa nova geração pode se tornar um trunfo não só para a Samsung, mas para todo o ecossistema de empresas que buscam alternativas às soluções já dominadas por SK Hynix — atual fornecedora preferencial da NVIDIA.
Uma jogada de timing (e infraestrutura)
Fontes ligadas à companhia afirmam que a produção da HBM4 está sendo feita nas fábricas mais avançadas da Samsung, com processos de litografia de ponta. A empresa mira inicialmente grandes clientes da nuvem e do setor de data centers — mercados em que velocidade, estabilidade e disponibilidade são fatores críticos.
Mais do que produzir chips, a Samsung também está montando um ecossistema completo ao redor da nova tecnologia, firmando parcerias com desenvolvedores de chips de IA para facilitar a integração da HBM4 em arquiteturas já existentes. O objetivo: sair na frente antes mesmo que os concorrentes consolidem seus lançamentos com HBM3E.