Há quatro anos era lançado, pela Raspberry Pi Foundation, um simpático computador portátil, composto apenas de uma placa lógica com algumas entradas, batizado de Raspberry Pi. Ele foi lançado com o objetivo de ser um PC portátil e bem modesto e que seria usado para ensinar programação e robótica, integrando circuitos eletrônicos de robôs e outros tipos de equipamentos. Na internet não faltam tutoriais do tipo DIY (Do It Yourself – Faça Você Mesmo) que usam o Raspberry Pi para a criação dos mais diversos dispositivos eletrônicos. Agora, a fundação apresenta a sua atualização, o Raspberry Pi 2, que conta com significativos avanços no hardware mas se manteve estagnado no preço, ou seja, os mesmos US$ 35 cobrados há quatro anos.
Na versão atualizada, anunciada hoje, ele possui um processador ARM Cortex A7 quad-core cuja frequência é de 900 MHz. O anterior rodava a 700 MHz. Além disso, ele veio com o dobro de Memória RAM ou seja, 1 GB de memória DDR2. De acordo com os desenvolvedores desta nova versão, ela consegue ser seis vezes mais rápida que a anterior, isso num cálculo conservador. Usuários mais experientes não verão dificuldades em fazer overclock no equipamento e deixá-lo ainda mais rápido.
Outros itens das especificações técnicas incluem 4 portas USB, porta Ethernet, saída de áudio e entrada HDMI e um slot para cartão MicroSD. Vale ressaltar que nenhum modelo do Raspberry Pi conta com HD e muito menos SSD. Todo o armazenamento é feito pelo cartão de memória. Além disso, ela conta ainda com 40 pinos GPIO, que são usados para conectar o computador a outros equipamentos. Assim, com exceção da memória e do processador, ele possui exatamente a mesma configuração que o Raspberry Pi B+, versão mais recente da geração anterior. Mas isso está longe de ser uma desvantagem, pois mantendo o mesmo layout da placa evita-se a perda de compatibilidade com modelos anteriores e uma redução na estabilidade.
Quanto ao software que será possível rodar nele, temos ótimas notícias! Uma versão do Ubuntu dedicada ao Raspberry sairá nas próximas duas semanas e a Microsoft informou, por meio do programa Windows Developer for IoT, que estão preparando uma versão do Windows 10 dedicado à segunda geração do Raspeberry Pi. Na versão anterior até era possível rodar o Windows, mas a dor de cabeça e o número de hacks necessários eram muito grandes. Não valia a pena o esforço. Mas agora não, ele rodará o sistema operacional da Microsoft de forma nativa. A Gigante de Redmond não informou, porém, detalhes sobre esta versão do Windows, se limitando a dizer que mais informações serão divulgadas nos próximos meses. Ah! Uma coisa que já ia esquecendo: ele será gratuito para a comunidade maker!
Como já mencionado, este computador portátil é ótimo para a educação. Devido ao seu preço baixo, ele é ótimo para que escolas comprem algumas unidades e comecem a ensinar programação, uma área do conhecimento que está sendo cogitada cada vez mais para integrar a educação básica. Se eu fosse Ministro da Educação tiraria Religião e Filosofia do ensino básico e incluíria Programação Básica e Educação Financeira. Na área da robótica o Raspeberry Pi também é valioso, ajudando inúmeras pessoas a aprenderem a criar robôs e outros tipos de equipamentos automatizados.
Não é por que foi lançado uma nova geração do Raspberry Pi que os modelos anteriores deixarão de ser comercializados. O Modelo A+, com 256 MB de Memória RAM 1 porta USB e um slot para cartão MicroSD custa US$ 20. Já o modelo B+ que conta com 512 MB de Memória RAM, 4 portas USB, 1 Ethernet e 1 slot para cartão de memória custa os mesmos 35 dólares da geração nova. Ou seja, não há por que não comprar o raspberry Pi 2, ainda mais sendo compatível com o Windows 10. Abaixo, postamos um vídeo onde a fundação por trás destes computadores portáteis mostram, na prática, a evolução de uma geração para outra.
Fonte: Raspberry Pi