A Intel deu o pontapé inicial na 13ª geração Core para desktop. A companhia anunciou os primeiros processadores que compõem a família Raptor Laker-S, sucessor direto do Alder Lake-S.
Mantendo a estratégia utilizada na geração passada, os novos processadores utilizam uma estrutura em que ocorre uma divisão entre núcleos de performance (P) e os núcleos que focam na eficiência energética (E), equilíbrio que já é uma prática comum há muito tempo no desenvolvimento dos processadores para o mercado mobile.
Atributo que integra o mesmo hall de outra característica que já é comum quando olhamos para os processadores, os theads. Com a 13ª geração Core (Raptor Lake), a Intel traz, como topo da cadeia, um processador com 24 núcleos e 32 threads, o Intel Core i9-13900K(F).
Dos 24 núcleos físicos, a composição é formada por 8 núcleos de performance (P-Core) e 16 núcleos de eficiência energética (E-Core). Olhando para o número físico de cores, 24, você pode estar estranhando a contagem de 32 threads, já que não representa o dobro do valor dos núcleos fisicos.
Isso ocorre porque a Intel passou a representar os núcleos virtuais (theads) de maneira diferente: dois threads por cada P-Core e um thread por cada E-Core. Portanto, numa composição de 24 núcleos, dividido entre 8 P-Cores e 16 E-Cores temos 16 theads do P-Core mais 16 dos E-Core, totalizando 32 threads.
Os núcleos também se diferenciam em relação à arquitetura utilizada em seu “chip design”. Nos P-Cores a Intel utiliza a sua nova arquitetura Raptor Cover, enquanto nos E-Cores usa Gracemont.
Além de manter essa abordagem híbrida, a Intel conseguiu elevar os clocks de operação (até 5.8 GHz em turbo), aumentar a quantidade de cache L2 e também dobrar a quantidade de E-Cores, quando comparado com a geração passada.
Além do Core i9-13900K, o lineup revelado também tem como destaques o Core i7-13700K(F) e Core i5-13600K(F). Chips preparados para overlock, indicado pelo sufixo K, com suporte à ferramenta Intel Xtreme Tunning (XTU) e ao novo Intel Speed Optimizer, para overclock com um clique. Variações deste processador com o sufixo F no final indicam a ausência de chip gráfico.
A nova geração mantém o processo de fabricação em 10nm, batizado comercialmente de Intel 7, permite que os novos processadores sejam utilizados com placas-mãe da geração anterior (série 600), já que preserva o mesmo socket (LGA1700), basta apenas uma atualização de firmware.
Lembrando que, embora seja a mesma litografia, a Intel aponta melhorias em termos da fabricação, já que está sendo utilizado transistores SuperFin de 3ª geração, responsáveis direto pela possibilidade de salto do clock de operação das novas CPUs.
A Intel também destaca o suporte a PCIe 5.0, por até 16 pistas, e também um salto no suporte de memória – DDR5 até 5600 MTs (Mega Transfer por segundo). A décima terceira geração mantém compatibilidade com DDR4-3200.
Se falarmos sobre o desempenho da13ª geração, a Intel afirma um aumento de performance de até 15% em single-thread e até 41% em multi-thread.
Com os novos processadores, placas-mãe baseadas no chipset Intel Z790 estarão à venda. A principal diferença entre este conjunto de lógica e o Z690 são mais linhas PCI-E 4.0.
Em jogos, o Core i9 13900K deve oferecer mais fps que o Ryzen 9 5950X da AMD, segundo os dados oficiais de comparação divulgado pela Intel.
A Intel também destacou o efeito do refinamento em termos de arquitetura na relação performance x watts, comparado com a geração anterior. Com um consumo de 65 watts, a nova geração consegue um desempenho semelhante ao fornecido por um chip da geração passada consumindo 240W.
Preço e disponibilidade
Os processadores Intel Core de 13ª geração chegarão ao mercado no dia 20 de outubro. Os preços sugeridos são os seguintes:
- Intel Core i9-13900K – US$ 589
- Intel Core i9-13900KF – US$ 564
- Intel Core i7-13700K – US$ 409
- Intel Core i7-13700KF – US$ 384
- Intel Core i5-13600K – US$ 319
- Intel Core i5-13600K – US$ 294