O Windows XP, um dos sistemas operacionais mais lembrados da história, lançado pela Microsoft em 2001 e que, desde abril de 2014, encerrou seu ciclo de vida útil de mercado, já que o processo de liberação das atualizações foi finalizado, ainda é presença garantida nos computadores de muitas empresas e até de líderes de estado. Uma foto recente revelou que Vladimir Putin, presidente da Russia, utiliza essa versão do Windows na residência oficial de Novo-Ogaryovo em Moscou.
Assim como a Rússia adota suas próprias diretrizes para lidar com a internet e tecnologia de forma geral o uso do Windows XP, um sistema completamente obsoleto em termos de tecnologia e segurança dos dados, também tem uma justificativa. Essa versão do Windows, que ainda detém uma quota de mercado de 2.29%, de acordo com a NetMarketShare, continua sendo utilizada porque foi a última versão de um sistema operacional da Microsoft que teve permissão da Russia para funcionar nos computadores de membros importantes do estado.
/@/static/wp/2019/12/19/90-5.jpg "Presidente da Rússia, Vladimir Putin, ainda utiliza o Windows XP em seus computadores 1")
As versões mais novas do Windows são aplicadas em computadores que não contam com acesso a segredos da segurança nacional. Os computadores dos funcionários públicos na Russia rodam o Windows 10, enquanto as máquinas dos membros do alto escalão do governo, que guardam documentos fundamentais, como os arquivos do Ministério da Defesa e práticas miliares, rodam com o Windows XP!
Não é preciso nem entrar nos méritos dos problemas de segurança que o uso do WIndows XP em pleno 2019, quase 2020, acarreta, mas Putin pode se livrar em breve do pinball, paciência e o clássico papel de parede com aquele gramado perfeito, já que os planos da Rússia é que pelo menos 80% dos computadores pertencentes ao Kremlin passem a rodar uma distro Linux, a Astra Linux, até o fim deste ano.
Essa versão do Linux foi a única a receber certificados da inteligência russa em relação a sua segurança. No entanto, de acordo com informações da Open Media, o Kremlin ainda não publicou nenhuma informação sobre a compra de software pelo escritório do presidente.
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