Caiu como uma bomba o anúncio de que a Intel irá atrasar o lançamento dos processadores baseados em 7nm. Além de muitas críticas, o efeito se refletiu no valor das ações. Pela primeira vez desde 2006, a AMD ultrapassou a Intel nesse sentido.
Embora essa seja uma constatação transitória, já que ações refletem o momento da empresa ou alguma decisão que os investidores encaram como negativa, esse é mais um fato que constanta o momento de instabilidade da Intel e de retomada da AMD. A Intel ainda está muito bem nas finanças, mas a empresa está balançando justamente no ponto que a tornou lendária, a inovação.
Logo após a Intel confirmar que os processadores Core de 7nm, previstos inicialmente para 2021, só irão aparecer entre o fim de 2020 e início de 2023, o valor das ações da AMD alcançou US$ 68,67, enquanto o da Intel fechou em US$ 50,79. A última fez que a AMD tinha ultrapasso a Intel no valor de ações foi em 2006, ano que a companhia alcançou a sua maior fatia do mercado de processadores, 48,40%.
Em algumas regiões os processadores da AMD estão vendendo mais que que os da Intel. No ano passado, a varejista alemã Mindfactory divulgou que em novembro foram vendidos 25 mil chips AMD, contra apenas 5 mil da Intel. No Brasil essa movimentação também está acontecendo. O número de processadores da AMD importados para o Brasil superou a Intel em 2019.
Segundo dados da Receita Federal obtidos pelo site Adrenaline, foram importados 96.688 processadores da AMD para o Brasil em 2019, enquanto a Intel registrou 81.546 chips.
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