A OpenAI realizou na última terça-feira (12) seu primeiro evento oficial em território brasileiro. Batizado de “Amanhãs Possíveis”, o encontro transformou o Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, em um palco para a fusão entre inteligência artificial, arte e imaginação coletiva. A iniciativa reuniu artistas, criadores de conteúdo e profissionais da área criativa para imaginar e visualizar futuros desejáveis para o Brasil e o mundo.
O evento nasceu da parceria entre a desenvolvedora do ChatGPT, o próprio Museu do Amanhã e a Flint, uma startup brasileira especializada em educação para criadores de conteúdo. Os participantes foram convidados a responder uma pergunta aparentemente simples, mas profunda: “Qual é o amanhã que você gostaria de ver?”
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As respostas dos participantes foram transformadas em prompts (comandos textuais) que alimentaram o ChatGPT e o Sora, ferramentas de IA da OpenAI, para criar histórias visuais projetadas nas paredes do museu. O resultado foi uma experiência imersiva que demonstrou como a inteligência artificial pode amplificar a criatividade humana, transformando ideias abstratas em narrativas tangíveis.
Christian Rôças, CEO da Flint, destacou o potencial colaborativo entre humanos e IA: “Ao criar esse projeto, percebemos que falar de futuro é, na verdade, falar de presente. Ferramentas como o ChatGPT e o Sora não substituem nossa criatividade, elas ampliam seu alcance e nos levam além.”
Um aspecto interessante do evento foi a análise temática das ideias apresentadas. Segundo o levantamento realizado pela organização, 28,6% das visões de futuro foram classificadas como “Propositivas”, abordando tópicos como educação inclusiva, igualdade de gênero e saúde pública universal. Outros 20% se enquadraram na categoria “Visionários”, projetando mundos diversos e profundamente conectados.
As visões categorizadas como “Técnicas”, focadas em avanços específicos em IA, robótica e ciência de dados, representaram 12,9% do total. Já 8,6% foram classificadas como “Contemplativas”, explorando futuros simbólicos através de poesia e imagens abstratas. Entre os temas mais recorrentes estavam sustentabilidade, inovação tecnológica, equidade social e manifestações culturais.
Nicolas Robinson Andrade, Head of Latam & Caribbean Policy da OpenAI, enfatizou a importância da inclusão digital: “Acreditamos que a IA seja para todos e impulsionar a imaginação coletiva nos ajuda a pensar no futuro onde as pessoas, sem exceção, terão acesso a essa tecnologia.”
O diretor do Museu do Amanhã, Cristiano Vasconcelos, também comentou sobre a sinergia entre o espaço e o evento: “A arte, a ciência, a inovação e a tecnologia sempre estiveram em nosso imaginário quando vislumbramos futuros. Hoje, conseguimos dar concretude a todo esse potencial criativo por meio da inteligência artificial.”
Para quem não pôde participar presencialmente, a organização disponibilizou uma plataforma online onde os trabalhos podem ser visualizados. O site também permite que o público em geral envie suas próprias ideias para serem transformadas em vídeos por meio da IA, expandindo o alcance da iniciativa para além do evento físico.
A realização do “Amanhãs Possíveis” marca um momento significativo na expansão da OpenAI na América Latina, especialmente considerando o crescente interesse por inteligência artificial no Brasil. O evento demonstra como ferramentas de IA generativa podem ser utilizadas não apenas para fins comerciais ou técnicos, mas também como catalisadoras de reflexões coletivas sobre o futuro que desejamos construir.
Fonte: Olhar Digital