A Oi Fibra está oficialmente sob nova administração e passará a se chamar Nio. A mudança ocorre após a empresa ser adquirida pela V.tal, grupo de telecomunicações controlado por fundos do BTG Pactual, em uma operação de R$ 5,75 bilhões finalizada em 28 de fevereiro. A companhia, que é a terceira maior provedora de internet fixa do país com 4 milhões de clientes e 8% do mercado, agora busca retomar sua trajetória de crescimento.
De acordo com Marcio Fabbris, presidente da Nio, a escolha do nome visa transmitir a ideia de um projeto renovado, embora a empresa já seja bastante conhecida no setor. A Nio possui uma rede de fibra ótica que cobre 22 milhões de endereços, ficando atrás apenas da Vivo (7,4 milhões de clientes) e da Claro (10,2 milhões) no ranking da Anatel. A empresa apresenta uma receita líquida anual aproximada de R$ 4,5 bilhões.
A nova gestão tem como prioridade estabilizar o negócio, que vinha perdendo clientes nos últimos trimestres em meio às dificuldades enfrentadas durante o processo de recuperação judicial do grupo Oi. Apesar do bom nível de satisfação dos usuários, a empresa enfrentava a saída de clientes devido à concorrência de outras operadoras, à reduzida atividade do time comercial e à preocupação de clientes empresariais com a situação financeira da Oi.
A estratégia inicial da Nio será focada no crescimento orgânico a curto prazo, investindo na construção da marca e na atração de novos clientes. Fabbris afirma que, após essa etapa inicial, a empresa se tornará sustentável no longo prazo, destacando que existem planos ambiciosos para o crescimento da companhia.
Entre as propostas da Nio está oferecer maior transparência no atendimento, evitando surpresas aos usuários quanto a preços e conteúdos dos pacotes. A empresa também pretende expandir sua oferta de serviços digitais, estabelecendo parcerias na área de streaming de vídeo. Não estão previstas mudanças de preços nesta fase inicial, com a receita média por usuário mantendo-se em R$ 92 por mês, valor alinhado com a média do setor.
A Nio atuará com administração e governança independentes da V.tal, contando com profissionais vindos da Oi e outros contratados recentemente, como Luiz Peixoto para a área de tecnologia e Patrícia Pasquali para o setor de dados.
Quanto a possíveis fusões e aquisições, embora o foco principal seja a estabilização da empresa e o crescimento orgânico, Fabbris não descarta completamente essa possibilidade para o futuro.
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