Microsoft também investe no SPDY, para tornar a web mais rápida

O SPDY é um projeto do Google para tornar a comunicação entre servidores web e clientes mais rápida, reduzindo a latência e otimizando o envio de pacotes. Ainda longe de ser um padrão aceito globalmente, ele vem recebendo cada vez mais “fãs”, digamos assim. Um vídeo do Google detalha as ideias básicas do SPDY em 1h.

Agora a Microsoft também quer entrar na jogada, apresentando um projeto que usa vários componentes do SPDY com otimizações para aplicativos mobile. Até então o projeto é separado do SPDY, apenas usa o núcleo e as ideias principais dele. Isso pode gerar uma instabilidade no IETF, grupo resposável pela aprovação dos padrões desse gênero. Com o tempo é provável que o desenvolvimento passe a ser feito junto com o Google.

A proposta da Microsoft “HTTP Speed+Mobility”, ainda em rascunho, foi comentada no seu blog de interoperabilidade.

Basicamente ela evita modificações radicais no HTTP, aproveitando o padrão WebSockets para a comunicação. O elemento server push do SPDY, por exemplo, é removido, já que ele se opõe às semânticas do HTTP. A obrigação de criptografar os dados transferidos via SSL também foi removida. O WebSockets é usado para criar e manter sessões consistentes entre os clientes e os servidores. Quando o SPDY foi proposto o WebSockets não existia, por isso o Google trabalhou em uma solução completamente diferente. Parece razoável aproveitá-lo agora.

Mike Belshe, um dos criadores do SPDY, comentou publicamente a ideia da Microsoft e suas mudanças sugeridas. Logo no começo ele já fala que a proposta da MS é basicamente o próprio core do SPDY, com algumas alterações pequenas. Por um lado isso é bom: há grandes chances do padrão ser aprovado e adotado se for apoiado por duas gigantes. Fazendo parte diretamente do HTTP então ficaria bem mais prático.

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