Em uma recente publicação em seu site oficial, a Microsoft afirmou ter desarmado, em apenas três horas, um malware que visava invadir os sistemas da Ucrânia.
Leia também: Ucrânia sofre ciberataque russo; páginas do governo são derrubadas
De acordo com a empresa, poucas horas depois da invasão russa à Ucrânia, a Microsoft detectou uma onda de ciberataques direcionados à infraestrutura digital ucraniana.
“Avisamos imediatamente o governo ucraniano sobre a situação, incluindo nossa identificação do uso de um novo malware que batizamos de FoxBlade. Além disso, fornecemos aconselhamento técnico em relação às medidas necessárias para prevenir que o malware tenha sucesso”, afirma a Microsoft.
FoxBlade é um malware que consegue apagar os dados de todos os computadores em uma rede específica.
O Centro de Inteligência contra Ameaças Cibernéticas da Microsoft (MSTIC), conforme o próprio comunicado afirma, conseguiu desarmar o malware que mirava a Ucrânia três horas após a sua descoberta.
Microsoft avisou governos sobre malware que iria atingir a Ucrânia
O chefe da divisão contra ciberataques da Microsoft, Tom Burt, contactou a Casa Branca para informar sobre a destruição do malware que iria invadir o sistema da Ucrânia.
Em seguida, o governo americano perguntou se a Microsoft poderia compartilhar os detalhes do malware com países vizinhos da Ucrânia, como a Polônia, e outros países da Europa.
A justificativa era o temor de que o malware pudesse se espalhar entre as fronteiras da Ucrânia, afetando a OTAN e outras nações europeias.
A Microsoft concordou em ajudar à Ucrânia contra os ciberataques da Rússia, informando sobre o malware em questão, além de dar assistência humanitária aos cidadãos ucranianos.
Contudo, a Microsoft informa ser importante enxergá-la como uma empresa, e não um governo ou uma nação.
“Em tempos assim, é especialmente importante para nós [Microsoft] trabalhar em concordância com os governos e, especificamente neste caso, nossos esforços envolvem uma coordenação próxima com o governo da Ucrânia, mas também com a União Europeia, com outros países da Europa, com o governo dos EUA, com a OTAN e com a ONU”.
Para simbolizar esse trabalho da Microsoft com os governos pró-Ucrânia, além da ameaça cibernética, a empresa anunciou hoje (4) a suspensão das vendas de produtos em território russo.