Mark Zuckerberg perde quase US$ 7 bi com apagão do Facebook, WhatsApp e Instagram

Facebook, Instagram, WhatsApp e Messegener estão voltando agora. Desculpe pela interrupção de hoje – eu sei o quanto você confia em nossos serviços para ficar conectado com as pessoas de quem gosta”. Foram com essas palavras que o CEO e cofundador do Facebook, Mark Zuckerberg, se desculpou com a legião de usuários globais de seus serviços que ficaram sem poder acessar os apps que representam os maiores pilares da interação social online.

A pane que afligiu as plataformas nesta segunda-feira (04), de acordo com o Down Detector, começou por volta de 12h40, horário de Brasília. A normalização ao acesso aos serviços começou por volta das 18h50.

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Por volta das 19h, o CTO (Chief Technology Officer) do Facebook, Mike Schroepfer, também se pronunciou sobre o ocorrido:

“Nossas sinceras desculpas a todos os afetados pela interrupção dos serviços do Facebook neste momento. Estamos passando por problemas em nossas redes e nossos times estão trabalhando para resolver essa situação o mais rápido possível”, completou o executivo. 

 

Além da enxurrada de memes, teorias da conspiração e desespero de muitos, esse apagão histórico do Facebook, WhatsApp, Instagram e Messeger reafirmou o impacto  que empresas que operam na Bolsa de Valores sentem em situações como essa.

A fortuna pessoal de Mark Zuckeberg retraiu em quase US$ 7 bilhões, em decorrência da pane dos serviços e seus desdobramentos. A queda de sua fortuna fez que o magnata das redes sociais perdesse uma posição no ranking dos mais ricos do mundo.

Zuckerberg ocupa agora a quinta posição entre os mais afortunados financeiramente. O quarto lugar agora pertence à Bill Gates, cofundador da Microsoft, de acordo com o ranking da Bloomberg.

Top 10 dos mais ricos do mundo

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Fonte: Bloomberg

Em relação ao Facebook como empresa, suas ações na Bolsa de Valores Nasdaq tiveram uma queda de  4,89%, com cotação de US$ 326,23 – o menor valor desde 9 de novembro de 2020.

O apagão das redes foi mais um duro golpe recente para os empreendimentos de Mark.

No mês passado uma reportagem do Wall Street Journal, intitulada “The Facebook Files” (“Os arquivos do Facebook”), revelaram, com base em documentos internos, por exemplo, que o Facebook não age de maneira tão enfática em questões que são recorrentes, como o impacto do Instagram na saúde mental de jovens. Desde a publicação da matéria, no dia 13 de setembro, Zuckerberg já perdeu US$ 19 bilhões.

De acordo Frances Haugen, ex-gerente de produtos do Facebook, e responsável pelo vazamento que construíram o teor da matéria, há um conflito de interesses na empresa, daquilo que era bom para o público e o que era bom para o Facebook. “Em todas as vezes, o Facebook escolheu somente o que era melhor pra ele e para seus lucros”, afirmou Haugen, em entrevista ao programa 60 Minutes.

Qual foi o motivo do apagão das redes?

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Até o momento da publicação desta matéria, não há uma posição oficial sobre o que causou a inacessibilidade dos serviços ao longo desta segunda-feira (04).

Em relação às possíveis causas, falhas de DNS ou até mesmo problema com a atualização de BGP (Border Gateway Protocol), protocolo de roteamento que tem participação direta entre a vontade do usuário em acessar um serviço – como o Facebook, por exemplo, e sua inicialização.

O BGP tem entre suas atribuições definir a melhor rota, entre caminhos possíveis, para que o acesso seja concretizado. É a maneira pela qual diferentes redes autônomas, cada uma delas com um ASN (Autonomous System Number) particular, se comuniquem entre si. Parte fundamental da comunicação de um serviço que tem uma rede interna, como o Facebook, com o “mundo exterior”, é o protocolo BGP.

Dane Knecht, vice-presidente da empresa de servidores Cloudflare, chegou a postar no Twitter que a queda nos serviços estavam relacionados com as rotas BPG. “Sem o BGP, os roteadores da Internet não saberiam o que fazer e a Internet não funcionaria”, explica a Cloudflare em um post sobre a falha de hoje do Facebook.

Brian Krebs, jornalista investigado e especialista em crimes cibernéticos, também comentou sobre o caso. “O DNS registrado que informa aos sistemas como encontrar https://Facebook.com ou https://Instagram.com foi retirado das tabelas de roteamento global esta manhã. Para ser mais preciso, as rotas de BGP que atendem ao DNS do Facebook foram retiradas, tornando todos os domínios do Facebook inacessíveis “.

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