Lei que proíbe celular em escolas foi sancionada; entenda como vai funcionar

Medida vale para escolas públicas e privadas e inclui tablets e relógios inteligentes; entenda as exceções.

Em um evento realizado no Palácio do Planalto ontem (13), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a lei que proíbe o uso de celulares e outros dispositivos eletrônicos em salas de aula. A nova regra, que já vale para o ano letivo de 2025, permite o uso desses aparelhos apenas em situações específicas, como emergências ou atividades pedagógicas.

A medida, que vinha sendo discutida desde o ano passado, foi aprovada pelo Congresso Nacional ainda em 2024 e aplica-se a escolas públicas e privadas e tem como objetivo reduzir a distração causada pelos dispositivos durante o processo de aprendizagem. Os estudantes ainda poderão levar seus celulares para a escola, mas o uso será proibido durante as aulas, recreios, intervalos e atividades extracurriculares.

Exceções à regra

Apesar da proibição geral, há situações em que o uso de celulares será permitido:

  • Atividades pedagógicas: Professores poderão liberar o uso dos dispositivos para fins educacionais.
  • Acessibilidade e inclusão: Celulares poderão ser usados para garantir direitos fundamentais e acessibilidade a alunos com necessidades especiais.
  • Condições de saúde: Dispositivos poderão ser utilizados para monitorar ou atender questões de saúde dos estudantes.

Como será implementada?

Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, não há uma regra única para o armazenamento dos celulares. Cada escola terá liberdade para definir como os dispositivos serão guardados durante as aulas, dependendo de sua infraestrutura.

Quando a lei entra em vigor?

Com a sanção presidencial, a lei já passa a valer a partir de fevereiro de 2025, quando começa o ano letivo. Uma regulamentação mais detalhada será desenvolvida ainda em janeiro, mas as escolas já poderão começar a implementar as novas regras no início do ano.

Escopo da lei

A proibição abrange todos os níveis da educação básica, incluindo:

  • Pré-escola
  • Ensino fundamental
  • Ensino médio

Além dos celulares, a lei também inclui outros dispositivos eletrônicos, como tablets e relógios inteligentes.

Motivações por trás da lei

A decisão do governo foi baseada em estudos que mostram a relação entre o uso excessivo de celulares e o desempenho escolar. Dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA) de 2022 revelaram que alunos que usam smartphones ou outros dispositivos por mais de 5 horas diárias tiveram resultados piores em provas do que aqueles que usam os aparelhos por 1 hora ou menos.

Além disso, a lei exige que as escolas adotem medidas para abordar questões de saúde mental e sofrimento psíquico dos alunos, oferecendo treinamentos para a detecção, prevenção e abordagem dessas condições.

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