A estratégia de lançar jogos do Xbox em outras plataformas, como o PlayStation, foi um acerto, e que isso seguirá se repetindo. Esse posicionamento não veio de Phil Spencer, nome que está mais associado ao público gamer, e sim daquele que é o CEO da Microsoft, Satya Nadella.
O manda-chuva da Microsoft foi categórico, em reunião com investidores e acionistas, que o comprometimento é encontrar os jogadores, onde quer que eles estejam. “Levaremos grandes jogos para mais pessoas em mais dispositivos”, diz o executivo.
Xbox não se resume mais apenas ao console
Está cada mais claro que o Xbox seguirá tendo uma abordagem muito mais de um grande ecossistema, atendendo diversas plataformas com os games que fazem parte do seu plantel de IPs, do que apenas o nome ligado ao console que concorre com o PlayStation.
Nadella comemora o fato de games que pertencem à divisão da Microsoft estarem entre os mais vendidos da PS Store. Ele citou Call pf Duty Modern Warfare III, Overwatch 2, Sea of Thieves, Fallout 4, Minecraft, Fallout 76 e Grounded.
Essa constatação corrobora o discurso e prática de mercado que Spencer e cia seguirão, e deixa bem claro para o consumidor qual o futuro da marca: Xbox atendendo demandas estratégicas, alinhado com as próprias mudanças do mercado gamer. Cada vez mais calcada em assinaturas, e com exclusivos tendo um peso menor do que em décadas passadas.
Os números falam por si
O discurso de Nadella está caminhando em paralelo aos relatórios que chegam em sua mesa. No último trimestre, a divisão de games da Microsoft registou crescimento de 55%. Esse setor já é o quarto mais lucrativo da empresa.
Portanto, o futuro do Xbox, ou da Microsoft como um player atuante no mercado de jogos, é seguir massificando suas propriedades intelectuais para além do seu próprio dispositivo.
Em março, Phil Spencer, o chefe da divisão Xbox, em entrevista ao site Polygon, afirmou que a noção de que o “Xbox pode ser esse dispositivo único que se conecta a uma televisão não é o que vemos nas pesquisas da Geração Z. Porque nada mais é assim para eles”.
Essa administração do mercado gira em torno também do choque geracional. Gerações moldadas a um conceito do que era um videogame e jogos exclusivos, e outra grande parcela que tem outro olhar, muito mais próximo ao que acontece no segmento mobile. Mercado que a Microsoft também visa.
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