Brian Krzanich, que desde 1982 era funcionário da Intel, iniciando como engenheiro em uma das fábricas no Novo México, passando por diretor de operações em 2012 e alcançando o concorrido cargo de CEO, em maio de 2013, posto que ocupava até então, foi demitido da gigante de Santa Clara. Investigações internas comprovaram que o executivo mantinha um relacionamento consensual com uma funcionária.
“Dada a expectativa de que todos os funcionários respeitarão os valores da Intel e vão aderir ao código de conduta da empresa, a diretoria aceitou a renúncia de Krzanich”, diz o comunicado da Intel.
Além de perder o posto de CEO, Krzanich também deixou o conselho diretor da Intel. A investigação foi conduzida internamente pela Intel juntamente com um elemento externo. A companhia que completa 50 anos no dia 18 de julho fez questão de frizar que segue uma política rígida, e que todos os funcionários devem respeitar os valores e que sigam o código de conduta.
Fontes próximas à empresa revelaram à CNBC que o relacionamento com esta funcionária aconteceu há algum tempo e já foi terminado. A identidade desta funcionária não foi revelada. Krzanich tem 58 anos e foi o sexto CEO da Intel.
Devido a saída de Krzanich o cargo de CEO será ocupado interinamente por Robert Swan (conhecido como Bob Swan), atual diretor financeiro da companhia. “O conselho acredita fortemente na estratégia da Intel e estamos confiantes na capacidade de Bob Swan de liderar a empresa. Bob tem sido fundamental para o desenvolvimento e a execução da estratégia da Intel, e sabemos que a empresa continuará a executar sem problemas”, declarou Andy Bryant, presidente da Intel.
O último grande capítulo envolvendo a administração de Krzanich, e que acabou pegando mau para o executivo, foi o caso das revelações das falhas de segurança Meltdown e Spectre, que os processadores da Intel enfrentam.
Em dezembro do ano passado, um mês antes da revelação bombástica dessas falhas, Krzanich vendeu 11 milhões em ações, faturando a bolada de US$ 39 milhões. A Intel tentou botar “panos quentes” na situação alegando que a venda das ações de Krzanich, um mês antes de uma revelação tão impactante, já fazia parte de um plano pré-estabelecido, e que as situações não teriam relação.
Um ponto positivo que a administração de Krzanich deixa, e que será desenrolado pela Intel com força total ao longo do próximo ano, é a tão aguardada transição do processo de fabricação, passando de 14nm para 10nm. A Intel já confirmou que a produção em massa desses chips (Cannon Lake) acontecerá em 2019.
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