A Intel começou a comunicar seus clientes que irá aumentar o preço da maioria dos seus processadores e outros produtos que dependem diretamente de chips. A empresa utilizou como justificativa os altos custos relacionados à produção e compra de materiais.
Dado o ambiente inflacionário, esperamos aumentos de preços direcionados em certos segmentos”, declarou CFO da Intel, Dave Zisner, durante uma conferência para acionistas. A decisão da gigante de Santa Clara ocorre em meio a um aumento da inflação nos EUA e em todo o mundo. Os EUA relataram um aumento de 9,1% nos preços ao consumidor em junho, recorde dos últimos 40 anos.
Além disso, atualmente há um excedente de equipamentos no mundo, pois desde o início do ano, a demanda por smartphones, computadores pessoais, TVs e outros gadgets diminuiu significativamente. O panorama da escassez parece já ter sido contornado.
Jason Chen, presidente da Acer, grande parceira da Intel na compra de chips, declarou que sua empresa não sofre mais com o desabastecimento de chips, e recebeu ligações dos fornecedores de chips para sondar uma possível compra de novos lotes.
A previsão é que os novos preços entrem em vigor a partir do segundo semestre deste ano. O aumento pode ser na ordem de 10% a 20%, dependendo do caso. Segundo a Nikkei Asia, o aumento nos preços pode abranger processadores voltados para o consumidor final e corporativo, além de chips para Wi-Fi e outros produtos que lidam com conectividade.
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Essa nova onda no aumento de preços no segmento de semicondutores será uma reação em cadeia, com impacto direto em todas as frentes. A GlobalWafers, terceiro maior fornecedor de pastilhas de silício do mundo confirmou que aumentará os preços para seus clientes.