Intel anuncia investimento em suas fábricas para resolver escassez de chips baseados em 14nm

A Intel continua se movimentando para resolver um problema que se fez presente em 2018: a escassez de seus processadores, atualmente baseados em 14nm, o que resolveu num aumento considerável de preços. Inclusive foi até cogitada a possibilidade da gigante de Santa Clara terceirizar sua produção para a TSMC, numa medida drástica para solucionar o caso.

No entanto a Intel seguirá com sua filosofia de fabricar seus próprios chips. Semana passada foi anunciada a microarquitetura Sunny Cova, que será a base dos primeiros processadores Core e Xeon produzidos em larga escala sob o processo de 10nm, e agora a companhia também traz novidades importantes sobe a sua produção atual, em 14nm.

Intel

Ao todo serão investidos US$ 5 bilhões nos próximos dois anos. Parte desse dinheiro serão alocados em sus três principais fábricas, em Oregon (EUA), Israel e Irlanda. Com a expansão de sua capacidade a Intel conseguirá ser 600% mais rápida no fornecimento de processadores em 14nm. A previsão é que o problema de escassez de chips Intel seja resolvido completamente até o fim de 2019. Ao longo desse período chegará ao mercado seus primeiros processadores em 10nm (Ice Lake).

 Ann Kelleher, vice-presidente sênior da Intel, também ressaltou que a Intel tem registrado bons resultados na expansão da fábrica Fab 42 no Arizona. Aliás, US $ 7 bilhões foram investidos na modernização da Fab 42, essa será a fábrica central da Intel para a transição de 10nm para 7nm. Dinheiro não falta. A expectativa da Intel era alcançar uma receita de US$ 65 bilhões em 2018, porém a companhia alcançou US$ 71,2 bilhões. Lembrando que além da escassez de produção, este ano a Intel passou por outros episódios críticos, como as falhas de segurança Meltdown e Spectre. 

Fab42
Fab42

As instalações de produção no estado do Novo México serão usadas para pesquisa e desenvolvimento de tecnologias de armazenamento e memória de próxima geração. No próximo ano, a construção de novas linhas começará em fábricas no Oregon, bem como na Irlanda e em Israel.

Kelleher está otimista em relação ao futuro e está confiante de que a Intel continuará a dominar o mercado global de semicondutores, que, a propósito, está estimado em US $ 300 bilhões.

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