Na semana passada, supercomputadores da Europa foram invadidos por um grupo desconhecido de hackers que introduziu um software malicioso para a mineração da criptomoeda Monero. Cerca d uma dúzia de supercomputadores na Alemanha, Grã-Bretanha, Suíça, Espanha e outros países foram invadidos. Uma das supermaquinas foi Archer, um supercomputador da Universidade de Edimburgo usado para estudar o coronavírus.
Os criminosos obtiveram acesso a supercomputadores roubando informações confidenciais de login de redes comprometidas em universidades da China e da Polônia. De acordo com a Cado Security, os usuários de vários clusters de computação de alto desempenho geralmente têm os mesmos nomes de usuário e senhas para efetuar login em sistemas diferentes, o que simplifica a tarefa dos invasores.
Em dois casos confirmados, hackers se conectaram a supercomputadores usando uma conta comprometida usando o protocolo SSH e depois usaram a vulnerabilidade no kernel Linux para obter acesso root e instalar o software de mineração de criptomoeda Monero (XMR). O software malicioso foi configurado para funcionar apenas à noite, a fim de reduzir o risco de detecção.
O uso indevido do poder computacional dos supercomputadores já ocorreu no passado. Em 2018, engenheiros de um centro nuclear russo extraíram criptomoedas como essa e, um pouco mais tarde no ano, um caso semelhante foi detectado no Bureau of Meteorology, na Austrália.