O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou que o governo está considerando processar criminalmente quem divulgar notícias falsas sobre a taxação de transações no Pix. A medida surge em resposta a uma onda de desinformação nas redes sociais, que tem sido explorada por criminosos para aplicar golpes financeiros.
O que está por trás das fake news?
Recentemente, circularam nas redes sociais informações falsas sobre uma suposta taxação de transações realizadas via Pix. Esses boatos ganharam força após o governo anunciar que transferências acima de R$ 5.000 devem ser informadas à Receita Federal pelas instituições financeiras. A medida, no entanto, não implica em cobrança de impostos sobre o valor transferido.
Aproveitando-se da confusão, criminosos têm se passado por representantes da Receita Federal para aplicar golpes. Em um dos esquemas mais comuns, os golpistas entram em contato com as vítimas alegando que é necessário pagar uma “taxa” sobre transferências superiores a R$ 5.000.
Ações do governo contra golpistas e fake news
Fernando Haddad revelou que o governo já encaminhou o caso para a Advocacia-Geral da União (AGU), que está avaliando medidas judiciais contra os responsáveis pela disseminação de notícias falsas e pela prática de golpes. O ministro destacou que a desinformação está sendo usada para patrocinar organizações criminosas, que têm enviado boletos falsos e cobrado valores indevidos.
O presidente Lula também pediu que o assunto fosse tratado com prioridade. Haddad ressaltou que alguns comerciantes estão se aproveitando da situação para cobrar valores mais altos em pagamentos via Pix do que em dinheiro, o que configura um “crime contra a economia popular”.
Como se proteger de golpes no Pix?
- Desconfie de cobranças indevidas: A Receita Federal não cobra taxas sobre transferências via Pix.
- Verifique a fonte: Desconfie de mensagens ou ligações que alegam ser da Receita Federal ou de instituições financeiras.
- Não compartilhe dados pessoais: Nunca informe dados bancários ou senhas para terceiros.
- Denuncie golpes: Caso receba mensagens suspeitas, denuncie às autoridades e ao banco emissor do Pix.