Google também é processado por logar localização dos usuários

Além de alertar os usuários sobre o comportamento traiçoeiro do iOS em criar um log eterno de localização dos usuários, o “bug” da apple serviu também para alertar os usuários osbre o comportamento do Android, que também cria um cache de localização (embora muito menor, com apenas 50 entradas de GPS e 200 de redes Wi-Fi, usadas para acelerar o fix do GPS) e, a menos que a opção seja desativada no login inicial, envia periodicamente dados de localização para os servidores do Google, que os usam para direcionar anúncios e… sabe-se lá mais o que.

Para piorar, os dados enviados pelo Android são atrelados a um device ID único (que por sua vez permitem identificar diretamente o usuário, já que as credenciais da conta também são armazenadas no telefone) e são enviados pela rede sem encriptação, não apenas quando o Google Maps é ativado, mas de forma contínua, várias vezes por hora.

Ambas as abordagens oferecem problemas a usuários preocupados com a privacidade, mas infelizmente os contratos de utilização de ambos os sistemas prevêem o uso dos dados de localização por isso a princípio os usuários não teriam muito do que reclamar, já que aceitaram o contrato ao ativar o dispositivo.

Apesar disso, duas residentes do Texas abriram um processo contra o Google por causa da prática argumentando que o envio dos dados sem encriptação coloca os usuários em sério risco, incluindo quebra de privacidade, perseguição, etc. violando o Computer Fraud, o Abuse Act, leis de proteção ao consumidor e leis de privacidade.

Naturalmente, isso pode ser evitado ao desmarcar a opção na configuração inicial do aparelho (ou simplesmente por manter o GPS desativado, o que de quebra economiza bateria), mas processos como este podem forçar o Google a repensar estas políticas, ou então vir a público dizer que tudo não passou de um bug

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