Google irá demitir funcionários não vacinados

O Google irá cortar os salários e considera, eventualmente, demitir os funcionários não vacinados contra a Covid-19.

Um memorando da chefia do Google foi enviado aos funcionários para esses informarem seus respectivos estados de vacinação, comprovando-os upando a documentação no sistema interno do Google. Além disso, o memorando permitiu que os funcionários requisitassem isenção médica ou religiosa.

A CNBC obteve acesso a documentos internos do Google, incluindo o memorando citado acima. Segundo o memorando, após o dia 3 deste mês, O Google iria começar a contactar qualquer funcionário que não fez o upload do seu estado de vacinação ou não estiver vacinado.

A empresa também entrará em contato com os funcionários que tentaram, mas não conseguiram, a isenção médica ou religiosa.

O documento informa que os funcionários do Google que não se adequarem com a política de vacinação da empresa até o dia 18 de janeiro, entrarão em “licença administrativa remunerada” por 30 dias.

Em seguida, o Google deixará os funcionários não vacinados em “licença não remunerada” por até seis meses, culminando em demissão após esse período.

O Google não quis comentar sobre a matéria da CNBC, mas o motivo por trás dessa medida é, sem dúvidas, a pressa pelo retorno presencial.

Medida do Google segue a linha exigida pelo governo

Enquanto a indústria tech continua a adiar os planos de retorno ao trabalho presencial — algumas já se preparam para um futuro flexível de cultura de trabalho —, o Google demonstra muita pressa para voltar aos escritórios.

Há poucos meses, a imprensa americana informou que o Google queria o retorno presencial dos funcionários três dias por semana a partir de 10 de janeiro. No entanto, a companhia adiou a data.

O Google adiou o retorno do trabalho presencial por um único e exclusivo motivo: governo.

Em 4 de novembro deste ano, o presidente americano Joe Biden emitiu um decreto que obriga às empresas americanas com mais de 100 funcionários a certificar que esses trabalhadores estejam totalmente vacinados.

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O prazo que o governo determinou foi até 18 de janeiro. Similarmente, o Google determinou que os funcionários não vacinados se adéquem a política de vacinação da empresa até a mesma data, ou serão afastados.

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Sede do Google em Mountain View, Califórnia.

Vale ressaltar que a lei é válida para empresas com mais de 100 funcionários. O Google possui 150 mil funcionários, ou seja, 1500 vezes mais funcionários que a lei exige.

Portanto, a urgência do Google é para garantir o retorno às atividades normais o quanto antes.

“Esperamos que quase todos os cargos do Google nos EUA se adaptem ao âmbito da ordem executiva”, afirma o memorando.

“Qualquer pessoa que entrar em uma sede do Google deve estar totalmente vacinada ou possuir uma acomodação aprovada que a permita trabalhar in loco”, continua o memorando, salientando que a “testagem frequente não é uma alternativa válida à vacinação”.

Muitos funcionários do Google estão vacinados, mas há outra pedra no sapato

O Google está no rol das empresas pró-vacinação há algum tempo. Em julho, o CEO do Google, Sundar Pichai anunciou que a empresa demandaria que todos os funcionários estivessem vacinados ao retornarem aos escritórios.

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Sundar Pichai, CEO do Google, utilizando máscara de proteção.

Aliás, a decisão incluía os funcionários trabalhando em home-office, que teriam contato direto ou indireto com acordos governamentais.

A maioria dos 150 funcionários do Google aceitou a ordem, mas um certo grupo se manteve contrário. Em novembro, 600 funcionários do Google assinaram um manifesto se opondo a nova regra.

O manifesto pedia que os líderes do Google recuassem na decisão e criassem uma nova regra “inclusiva para todos os Googlers”. Segundo esse manifesto, a decisão do Google causaria impacto em todas as empresas dos Estados Unidos.

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Além disso, o manifesto pedia aos funcionários para que se opusessem à determinação como uma forma de princípios. Com isso, os autores do manifesto sugeriam que os funcionários não se deixassem influenciar pela nova política da empresa, caso esses já houvessem escolhido não se vacinar.

Portanto, no último memorando, de acordo com a CNBC, o Google detalha algumas opções àqueles funcionários não vacinados ou que não querem se vacinar.

A empresa afirmou que tais funcionários podem “explorar”, caso haja, algum cargo na companhia que não entre em conflito com o decreto presidencial.

Assim, aos funcionários cujos cargos não conflitem com a decisão do governo, será possível continuar a trabalhar de maneira remota permanentemente.

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