A Petrobras deu um novo passo em relação à computação de alto desempenho (HPC). A estatal brasileira que já possui o supercomputador mais potente da América Latina, Pégaso, anunciou investimento de R$ 76 milhões para a construção do Gaia, supercomputador que atuará em pesquisas ligadas à geofísica.
Batizado de Gaia em referência a deusa da mitologia grega, associada à fertilidade e à agricultura, e considerada a mãe de todos os seres vivos.
Montado pela HP, o Gaia terá capacidade de 7,7 petaflops (o Pégaso tem 21 petaflops) e consumo energético de 574 KW, equivalentes ao de uma cidade de 2400 habitantes.
Segundo o diretor de Exploração e Produção da Petrobras, Fernando Borges, “o Gaia será utilizado para desenvolver novas tecnologias em geofísica, com foco especial na geração de imagens e modelos de subsuperfície”.
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Outra característica do Gaia é que ele é o primeiro supercomputador da Petrobras que não será montado pela Atos, grupo francês responsável pelos outros 4 supercomputadores da estatal, incluindo o Pégaso. Os 4 modelos são os seguintes: Atlas, Dragão, Fênix e Pégaso.
Com a adição do Gaia, a capacidade de processamento computacional da Petrobras ficará ente 63 e 70 petaflops.
Segundo o diretor de Transformação Digital da Petrobras, Paulo Palaia, o Gaia irá desenvolver novos algoritmos de imageamento na empresa. “O Gaia será dedicado ao desenvolvimento de novos algoritmos para imageamento na Petrobras, em diferentes cenários de maturidade tecnológica, com foco especial nas técnicas Least Squares e FWI Elástico, além de aplicações, utilizando aprendizado de máquina”.
A previsão é de que o supercomputador comece a operar ainda neste trimestre no Centro de Pesquisa e Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), no Rio de Janeiro.
