Uma postagem no site oficial da EA Sports, A EA afirmou ontem (6), que pode mudar o nome da franquia FIFA, estudando uma revisão do acordo com a entidade máxima do futebol.
A notícia aparece poucos dias depois do lançamento do FIFA 22, que, novamente, foi um sucesso da franquia, com mais de 9 milhões de jogos vendidos.
Portanto, surpreendentemente, a EA está “explorando a ideia” de modificar o nome de sua franquia de jogos de futebol caso encerre seu contrato com a FIFA. Segundo Cam Weber, diretor da EA Sports, após o sucesso do lançamento do FIFA 22, “ao olhar para o futuro, a empresa também explora a ideia de renomear o seu jogo de futebol”.
No entanto, Weber destaca que isso é apenas uma revisão do contrato com a FIFA sobre a utilização do nome da entidade, ou seja, não afeta as outras parcerias que a EA firmou com outras entidades de futebol.
Além disso, Weber esclarece que, embora o jogo possa perder essa marca familiar, os jogos de futebol da EA não perderão a qualidade.
“Durante anos de trabalho para consolidar a nossa franquia global, nós sabemos que a autenticidade é essencial para a experiência do jogo. Essa é a razão pela qual colocamos tanta energia na força coletiva de mais de 300 parcerias licenciadas que, portanto, nos dão acesso a mais de 17 mil atletas de mais de 700 mil times, bem como 100 estádios e 30 ligas de todo o mundo”, declarou Weber.
EA não justifica o motivo pelo possível fim da parceria com a FIFA
Além disso, o chefão da EA Sports afirmou que a empresa continuará a investir em ampliar as parcerias e licenças consideradas mais importantes aos jogadores, o que contribuirá com a autenticidade do FIFA (ou de qual for o próximo nome escolhido pela EA) por muitos anos.
No entanto, a EA não deixa claro o motivo por mudar o nome da franquia FIFA, mas uma possibilidade pode ser devido à má reputação que a entidade ganhou nos últimos anos.
Inúmeros escândalos de corrupção envolvendo a FIFA fizeram com que a principal autoridade do futebol no mundo perdesse o prestígio.
Um exemplo é o FIFA Gate, uma investigação do FBI que teve início em 2015 e culminou na condenação de vários dirigentes de confederações de futebol, incluindo o da CBF, José Maria Marin, por lavagem de dinheiro, suborno e sonegação de impostos.
Com o fim da parceria de 26 anos com a FIFA, é possível que a EA sofra algumas represálias do órgão. Por exemplo, a empresa tem contratos com e CONMEBOL, UEFA, confederações subordinadas à FIFA, que realizam a Champions League e a Libertadores, respectivamente.
Portanto, a entidade máxima, cuja ganância é algo bastante reconhecido, pode usar de sua autoridade e influência para desfazer as parcerias da EA com essas confederações.
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