CPUs Intel afetadas por instabilidade terão danos permanentes, confirma a empresa

Em declaração ao site The Verge, Thomas Hannaford, porta-voz da Intel esclareceu mais detalhes sobre os problemas de instabilidade em algumas unidades da linha Core de 13ª (Raptor Lake) e 14ª geração (Raptor Lake Refresh). 

Com a nova posição da empresa, fica claro que o problema não afeta somente chips da série K, mas também as CPUs Raptor Lake-S (Refresh) com TDP de 65 Watts. Processadores com sufixo KF/KS também são afetados. A instabilidade ocasiona travamentos e até mesmo a exibição da famosa tela azul da morte, seguido da reinicialização do computador.

Reafirmando a posição inicial, o principal responsável pelas falhas é a tensão elevada de operação do chip. Segundo a empresa, essa elevação de tensão se deve ao algoritmo de microcódigo que resulta em solicitações incorretas de tensão para a CPU, impactando diretamente a instabilidade do chip.

A instabilidade em processadores Intel afetou até o time de desenvolvimento da Unreal Engine. A Epic migrará a configuração das máquinas Intel que estão rodando de maneira instável para uma configuração baseada no processador AMD Ryzen 9 9950X, opção de 16 núcleos e 32 threads, que chegará ao mercado em agosto.

Dano permanente

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Agregando ainda mais gravidade ao caso, a atualização de microcódigo que a companhia está preparando para consertar o problema não será uma solução definitiva para todo o caso. Essa atualização é, na verdade, uma medida preventiva, destinada a impedir que chips que estão funcionando perfeitamente possam passar pela instabilidade ocasionada pelo algoritmo. Os proprietários de uma CPU Core de 13ª e 14ª geração que já estão enfrentando instabilidade terão que entrar em contato com o suporte da empresa, para que ela faça a substituição do chip, o famoso RMA.

Portanto, processadores Intel afetados pela instabilidade terão danos permanentes. 

No momento, a Intel recomenda que os proprietários de processadores de 13ª e 14ª geração ativem o perfil Intel Default Setting (ou Intel Baseline), já disponível no firmware UEFI mais recente. Essa configuração deixará com que a CPU opere segundo as especificações oficiais. Isto é, nada de seguir operando com ajustes manuais visando o overclock.

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