China reúne evidências sobre cartel formado para elevar preço das memórias

A China está focada em desvendar a elevação absurda de preços que as memórias RAM vêm registrando nos últimos tempos, evidências sobre um cartel ganham ainda mais força. Em junho noticiamos que a multa, caso se confirme a suspeita de manipulação de preços, pode chegar a US$ 8 bilhões. Alguns meses se passaram, e, de acordo com Wu Zenghou, chefe do escritório antitruste chinês, ao Financional Times, foram reunidas diversas evidências sobre esse cartel que atua fixando o preços das memórias.

As empresas que estariam envolvidas nesse concluiu para elevação do preço das memórias são as maiores gigantes do setor: Samsung, Micron e SK Hnix, responsáveis por mais de 90% do mercado DRAM. Atualmente a China é a maior importadora DRAM e NAND do mundo, representando 20% e 25%, respectivamente. Em 2017 a China importou US$ 88,92 bilhões em chips de memória, aumento de 40% em relação ao ano anterior.

Entre junho de 2016 a dezembro de 2017 houve um aumento de 150% no preço dos chips de memória. Alegações desse tipo contra Samsung e SK Hynix não é novidade. Em 2005 e 2010 ambas multadas pelo Departamento de Justiça dos EUA e pela Comissão Europeia, respectivamente. A acusação era a mesma, fixação de preços.

Em meio a essas alegações há outro grande problema, a guerra comercial entre a China e os Estados Unidos. No início do mês o procurador-geral americano, Jeff Sessions, as chinesas Fujian Jinhua Integrated Circuit Co e United Microelectronics Corporation (UMC), conspiraram para  roubar segredos industriais da Micron, fabricante americana de chips. De acordo com Sessions o prejuízo por essa espionagem seria de US$ 8,75 bilhões.

A resposta da China veio logo em seguida: “Se o governo dos Estados Unidos está realmente preocupado, deveria apresentar provas concretas”, afirmou Lu Kang, porta-voz do ministério chinês das Relações Exteriores, em uma entrevista coletiva.]

Essa guerra ainda vai bem longe. Vamos acompanhar os próximos capítulos dessa batalha.