O programa Celular Seguro, anunciado no final do ano passado, celebra seis meses de operação esta semana. Devido a isso o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) decidiu abrir alguns números do serviço, revelando que mais de 56 mil dispositivos foram inutilizados devido a roubo, furto ou extravio.
Com uma média diária de 316 bloqueios, o aplicativo passou por atualizações significativas para aumentar a segurança dos smartphones. Em abril o programa Celular Seguro já havia registrado recorde de usuários e de alertas de roubos.
Números do Celular Seguro até agora
Dentre as novas funcionalidades que o programa recebeu desde seu lançamento, a mais interessante é que agora as operadoras impedem o envio de SMS para recuperação do WhatsApp. Esse é um dos principais métodos usados pelos criminosos para tentar acessar o WhatsApp da vítima. Além disso, os principais bancos do país cancelam o acesso a seus apps, prevenindo transações indesejadas.
Segundo dados do MJSP, o Celular Seguro ultrapassou 2 milhões de usuários, embora apenas 1.667.963 tenham registrado seus aparelhos. São Paulo lidera em notificações de roubos e furtos, com 16.197 casos, seguido pelo Rio de Janeiro com 8.196. Bahia (4.513), Minas Gerais (4.111) e Pernambuco (3.289) completam os cinco estados com maior incidência.
Manoel Carlos de Almeida Neto, secretário-executivo do MJSP, destaca a importância do app:
“A vida pessoal e financeira das pessoas está no celular, ao mesmo tempo em que temos uma situação endêmica de roubos e furtos.”
Protocolo de recuperação para celulares roubados
O MJSP planeja implementar um protocolo de recuperação de smartphones roubados, inspirado na iniciativa do Piauí, embora a data de lançamento ainda seja incerta.
Caso você não saiba, um projeto que ainda está em testes no Piauí reduziu roubos e furtos de celulares em 40% em Teresina e 37% no interior, com 5 mil aparelhos recuperados em 8 meses. Esse projeto é dividido em 3 etapas:
- Etapa 01 – Blitzen: No Piauí, a SSP busca smartphones roubados via informações das operadoras e IMEI. As “blitzens” seguem ordens judiciais e utilizam dois apps: Cellguard para o processo de recuperação dos aparelhos e Lupa Bot para verificação de restrição por roubo ou furto.
- Etapa 02 – Intimação: Passo seguinte é enviar intimações em massa aos celulares irregulares, orientando a entrega na polícia sem responsabilidade penal se cumprida a solicitação. Caso contrário, o monitoramento continua para possível apreensão futura.
- Etapa 03 – Operação Interditados: Finaliza com a Operação Interditados, fechando locais que comercializam dispositivos roubados. A 14ª fase ocorreu em 14 de março, onde foram recuperados 15 celulares e presas sete pessoas, além de apreensões de Macbook, carro e arma no Pará.
No futuro o programa Celular Seguro possa ter algo parecido, visando não apenas o bloqueio mas também a recuperação dos smartphones roubados.
Fontes: G1
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