Austrália planeja proibir redes sociais para menores de 16 anos

Austrália planeja proibir redes sociais para menores de 16 anos

Um projeto de lei com uma nova regulação será apresentado aos líderes dos estados e territórios da Austrália, e será posteriormente submetido ao Parlamento no final de novembro. O objetivo é proibir o uso de redes sociais por menores de 16 anos. Segundo o primeiro-ministro do país, Antthony Albanese, o pacote de novas medidas pode ser tornar lei no final de 2025.

Primeiro-ministro fala em proteção à saúde mental dos jovens

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (7), Albanese afirmou que as mídias sociais estão prejudicando crianças e adolescentes. ““As mídias sociais estão prejudicando nossos filhos e estou dando um basta a isso”, disse o primeiro-ministro, acrescentando que os riscos para a saúde mental das crianças decorrentes do uso excessivo das mídias sociais.

Para endossar seu argumento, Albanesse mencionou o efeito dos algoritmos em jovens de 14 anos. “Para mim, há coisas que saltam aos olhos nessas plataformas que eu não desejo necessariamente ver. Não estamos mais falando [apenas] de um adolescente vulnerável de 14 anos. As mulheres jovens estão vendo imagens de formas corporais específicas que têm um impacto real”.

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Com a nova lei, plataformas como Facebook, TikTok, X e Instagram terão que implementar limites de idade, bloqueando o acesso para menores de 16 anos. Caso não cumpram, podem ter que arcar com multas vultuosas. A manutenção e aplicabilidade da lei caberá ao eSafety Commissioner, órgão regulador da internet na Austrália.

O primeiro-ministro também cita que alguns casos precisarão ser analisados com ainda mais cuidado, como o Youtube, já que muitos estudantes jovens utilizam a plataforma como apoio para estudo.  “Acreditamos que haverá, é claro, algumas exclusões e isenções para isso também, para garantir que não haja consequências indesejadas”, disse o primeiro-ministro.

Albanese também enfatizou que não haverá sanções para os usuários que conseguirem acessar mesmo com o novo conjunto de restrições em vigor, a responsabilidade cairá totalmente sobre as plataformas. Além do Partido Liberal da Austrália, o Digital Industry Group (DIGI), órgão que representa Meta, TikTok, X e Google, da Alphabet, se posicionou de maneira contrária ao projeto de lei.

Críticas ao projeto

“Manter os jovens seguros online é uma prioridade máxima… mas a proposta de proibição de acesso dos adolescentes às plataformas digitais é uma resposta do Século 20 aos desafios do Século 21”, disse Sunita Bose, diretora administrativa do DIGI. “Em vez de bloquear o acesso por meio de proibições, precisamos adotar uma abordagem equilibrada para criar espaços adequados à idade, desenvolver a alfabetização digital e proteger os jovens contra danos online”, acrescentou.

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