A ASRock desenvolveu um conceito até então inédito no mercado. Uma placa de expansão PCI voltada para a plataforma AMD capaz de “transformar” um modelo que utiliza chipset B650, intermediário, numa X670, chipset topo de linha para AM5.
Para entender como isso é possível precisamos olhar rapidamente sobre decisões de projeto que a AMD adotou. O B650 oferece um chip chamado Promontory 21, enquanto o X670 são essencialmente dois Promontory 21 unidos. A AMD resolveu utilizar este método da integração de chips para cortar custos. A companhia avaliou ser mais barato integrar dois chips iguais do que projetar um novo chip de última geração
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Lembrando que, a grosso modo, uma das principais diferenças entre um chipset intermediário e um avançado são as opções de conectividade disponíveis. Ao dobrar o Promontory 21, a AMD conseguiu aumentar o número possível conexões, e, simultaneamente, criar uma diferença em termos de mercado para os chipsets.
O que a placa da ASRock faz é simplesmente a mesma estratégia da AMD, uma combinação de chips. A união entre o B650 da placa-mãe, com outro B650 oferecido pela placa de expansão. Uma maneira curiosa de expandir a capacidade da placa-mãe sem necessariamente trocar por outro modelo.
Além deste detalhe, o componente também conta com três portas USB Tipo-A, uma USB-C, Ethernet de 10 gigabit, bem como duas portas SATA 6 Gbit/s, além de espaço para dois SSDs NVMe PCIe 4.0. Nem tudo é tão bom quanto parece. A ASRock X670 XPANSION KIT é uma exclusividade para placas-mãe da ASRock. Já que, além do PCI, que é padrão, a placa recorre a um conector proprietário. Isso significa que é preciso placas-mãe compatíveis para o uso. O canal no Youtube Level1 Techs fez um teste com a placa de expansão, utilizada em conjunto com a placa-mãe ASRock B650 LiveMixer.
É importante pontuar que, além de características de conectividade (por exemplo, o chipset B650 oferece 36 pistas PCIe enquanto o X670 lida com 48 pistas PCIe), o mercado segmenta as placas-mãe por uma dezena de outras características. Uma mobo topo de linha X670 pode ter um sistema VRM mais avançado que uma opção B650, que é voltada para outro público. Além de diferenças em design, customização e outras coisas.
Assim como a Razer e outras marcas fazem, a ASRock ainda está no momento de “sentir a temperatura” com essa ideia. A companhia ainda não tem planos de transformar isso num produto em série. Tudo vai depender do feedback que a empresa colher sobre o tema.