Após pressão da União Europeia, Apple terá que permitir que iPhones excluam apps nativos, incluindo App Store

Em um anúncio realizado na última quinta-feira, 22 de setembro, a Apple divulgou que realizará ajustes nas configurações dos seus sistemas operacionais, o iOS e o iPadOS, especificamente na União Europeia (UE).

Essa iniciativa visa garantir a conformidade com as regulamentações locais e, assim, evitar a imposição de multas ou mesmo a proibição de suas atividades na região.

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O que muda?

A principal mudança anunciada é que agora os usuários de iPhones ou iPads residentes na União Europeia terão a opção de desinstalar uma gama de aplicativos pré-instalados em seus dispositivos. Isto inclui aplicativos amplamente utilizados como Mensagens, Fotos, Câmera, Safari e até mesmo a própria App Store.

Espera-se que essa medida entre em vigor a partir do final de 2024, proporcionando aos usuários mais controle sobre seus dispositivos, além de auxiliar na liberação de espaço em memória e possibilitar a substituição desses aplicativos por outros de sua escolha, baixados por eles.

Por enquanto, essas alterações estão previstas para afetar exclusivamente os usuários residentes nos países membros da União Europeia. Adicionalmente, ao longo do ano corrente, a Apple tem planos de introduzir outras flexibilizações em seus sistemas operacionais móveis.

Uma dessas medidas adicionais envolve simplificar o processo de alteração do navegador padrão em dispositivos da Apple, acompanhado de informações detalhadas acerca de cada uma das opções disponíveis para facilitar a escolha do usuário.

Outras mudanças deixará o iOS ainda mais aberto

Além disso, outra modificação apresentada refere-se à criação de uma seção exclusiva dentro do menu Ajustes, onde será possível gerenciar os aplicativos padrões para diversas funções, tais como discador, teclado, gerenciador de senhas e navegador web.

Isso tornará muito mais fácil para os usuários substituírem essas funcionalidades pré-estabelecidas por outras alternativas que possam preferir.

Todas estas mudanças estão sendo implementadas como parte do esforço da Apple para se adaptar às exigências da Lei dos Mercados Digitais (DMA) da União Europeia, que entrou em vigência no mês de março deste ano e que determina prazos específicos para que as empresas se adequem às normas anti-competitivas recentemente instituídas.

Vale lembrar que a Apple já havia sido compelida anteriormente, pela legislação da UE, a permitir a instalação de lojas de aplicativos desenvolvidas por terceiros naquela região — uma prática que, até então, só era possível através do desbloqueio dos dispositivos Apple.

Caso você não saiba, a Lei dos Mercados Digitais (DMA), tem como objetivo regular as práticas de mercado das grandes plataformas digitais, garantindo concorrência justa e inovação. Isso inclui medidas que visam impedir que empresas dominantes abusem de sua posição para prejudicar consumidores e empresas menores. Além disso, a DMA poderá impor sanções significativas para o não cumprimento de suas diretrizes.