A versão renovada da Alexa com inteligência artificial generativa acaba de atingir um marco impressionante. A Amazon confirmou que a Alexa+ já ultrapassou a marca de 1 milhão de usuários no programa Early Access, demonstrando o forte interesse do público por assistentes virtuais com capacidades aprimoradas por IA. O serviço, anunciado inicialmente em fevereiro deste ano, ainda não está disponível para o público geral, mas vem rapidamente expandindo sua base de testadores.
A gigante do e-commerce tem enviado convites gradualmente para os usuários que se inscreveram na lista de espera quando o serviço foi anunciado. Nas últimas semanas, muitos desses usuários compartilharam nas redes sociais que receberam acesso à nova versão do assistente virtual, gerando ainda mais expectativa em torno do lançamento.
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Durante o período de Early Access, a Alexa+ está sendo oferecida gratuitamente. Quando for lançada oficialmente, continuará sem custos para assinantes do Amazon Prime, enquanto os demais usuários precisarão pagar uma assinatura mensal de US$ 19,99 (aproximadamente R$ 110 na cotação atual). Este modelo evidencia a estratégia da Amazon de monetizar finalmente seu assistente virtual, transformando o que antes era um centro de custos em uma potencial fonte de receita.
O crescimento da base de usuários da Alexa+ tem sido acelerado. Em maio de 2025, o CEO da Amazon, Andy Jassy, havia informado que o serviço contava com cerca de 100 mil usuários – uma fração pequena comparada aos 600 milhões de dispositivos Alexa vendidos globalmente. Em apenas algumas semanas, esse número multiplicou por dez, demonstrando o ritmo intenso de distribuição de acessos.
Por que a Alexa+ representa uma grande aposta da Amazon
A Alexa+ surge em um momento crucial para a Amazon. Apesar de ter criado e dominado o mercado de assistentes virtuais conectados à casa inteligente com seus dispositivos Echo, a empresa nunca conseguiu transformar esse domínio em um negócio lucrativo. A situação se agravou com a popularização de serviços de IA generativa como o ChatGPT, que fizeram a Alexa tradicional parecer limitada e desatualizada.
A nova versão traz capacidades que aproximam a assistente do potencial das IAs conversacionais modernas. Os usuários podem interagir com a Alexa+ usando linguagem mais natural, fazendo pedidos de forma livre como “Está muito frio aqui” para que o assistente ajuste a temperatura do termostato inteligente. A criação de rotinas automatizadas também foi simplificada, assim como a busca por imagens em câmeras Ring, entre outras funcionalidades.
A personalização é outro diferencial importante. A Alexa+ guarda preferências do usuário e se lembra de suas escolhas, desde músicas favoritas até receitas preferidas. Com seu componente de inteligência artificial generativa, o assistente pode resumir e-mails longos, criar histórias para dormir exclusivas, gerar questionários a partir de guias de estudo, elaborar roteiros de viagem e fornecer respostas mais completas a perguntas diversas.
Além disso, a assistente virtual avançada poderá ajudar em ações práticas como comprar ingressos para shows, fazer reservas em restaurantes e notificar quando um produto que você estava acompanhando entra em promoção. Para essas funcionalidades, a Amazon firmou parcerias com empresas como OpenTable, Ticketmaster, Uber Eats, Tripadvisor, Grubhub, Yelp, Priceline, entre outras.
Durante o período de acesso antecipado, a Alexa+ está disponível inicialmente nos dispositivos Echo Show 8, 10, 15 e 21 nos Estados Unidos. A Amazon planeja expandir gradualmente para mais dispositivos Echo, Fire TV e tablets Fire. As impressões iniciais dos usuários são mistas – enquanto alguns elogiam o serviço como superior a outros assistentes como a Siri, outros apontam que ainda existem aspectos a serem refinados antes do lançamento completo.
A Amazon informou que cerca de 90% das funcionalidades anunciadas para a Alexa+ já foram implementadas, sugerindo que o lançamento oficial pode estar próximo. Para o mercado brasileiro, ainda não há informações sobre disponibilidade ou preços, mas a expectativa é que, como ocorre tradicionalmente com os serviços da Amazon, o Brasil receba a novidade alguns meses após o lançamento nos EUA.
Fonte: TechCrunch