Em breve você não precisará mais de senhas para se conectar à sua conta do WhatsApp. O serviço de mensagens mais usado no Brasil anunciou uma importante mudança em seu sistema de autenticação, por ora, apenas para usuários de dispositivos Android.
O aplicativo de mensagens está abandonando o uso de senhas alfanuméricas tradicionais e adotando um novo sistema de passkeys, também conhecidas como chaves de acesso. Este novo sistema ficou em testes por um mês. A iniciativa tem como objetivo aumentar a segurança e a facilidade durante o processo de login, tornando-o mais eficiente e menos suscetível a fraudes.
Leia também
Grupos do WhatsApp vão ganhar função para criação de eventos
WhatsApp liberou a criação de canais para todos. Saiba como fazer!
Como funcionam as passkeys no WhatsApp
Android users can easily and securely log back in with passkeys 🔑 only your face, finger print, or pin unlocks your WhatsApp account pic.twitter.com/In3OaWKqhy
— WhatsApp (@WhatsApp) October 16, 2023
Antes da implementação das passkeys, o processo de login no WhatsApp era “um tanto quanto complexo”. Os usuários precisavam inserir seu número de telefone, seguido de uma senha e, posteriormente, de um código enviado via SMS para autenticação.
O novo sistema simplifica esse fluxo. Agora, os usuários não precisam mais memorizar senhas ou esperar por códigos de autenticação via SMS. Em vez disso, basta autenticar-se no aparelho antigo, onde a chave de acesso já está armazenada.
Essa autenticação pode ser realizada por meio de diversos métodos, como biometria, que inclui impressão digital e reconhecimento facial, ou através de um PIN ou padrão geométrico.
Vantagens da utilização das passkeys
A mudança traz várias vantagens, principalmente no que diz respeito à segurança. O novo método elimina a necessidade de códigos enviados via SMS, um sistema frequentemente explorado em golpes como o SIM Swap.
Caso você não saiba, o SIM Swap é um golpe de clonagem de chip de celular. O criminoso consegue transferir o número de telefone do usuário alvo para um novo chip que está em sua posse. Uma vez que o número é transferido, o criminoso ganha acesso a diversos serviços e contas vinculadas ao número de telefone, incluindo aplicativos de mensagens como o WhatsApp.
A autenticação por meio de passkeys é considerada mais segura, pois as chaves são armazenadas no dispositivo do usuário e requerem autenticação biométrica ou outros métodos seguros para acesso. No entanto, é importante notar que os usuários ainda têm a opção de utilizar o método de senha tradicional, especialmente útil se o aparelho antigo for perdido ou roubado.
Chaves de acesso são a nova tendência da indústria
A mudança faz parte de uma tendência mais ampla na indústria tecnológica de buscar métodos de autenticação mais seguros e práticos, refletindo um esforço contínuo para melhorar a experiência do usuário enquanto mantém a integridade da plataforma.
Vale ressaltar que inúmeras empresas estão adotando o uso de chaves de acesso. A tecnologia por trás dessa novidade foi criada por um consórcio e conta com o endosso da W3C, a entidade responsável por estabelecer as normas dos protocolos da internet.
Tais benefícios significativos incentivaram gerenciadores de senhas renomados, como 1Password, BitWarden e Enpass, a oferecer suporte para o armazenamento de chaves de acesso. Algumas dessas plataformas estão indo além, proporcionando a alternativa de substituir a senha-mestra por uma chave de acesso.
Recurso está sendo liberado de forma gradual
Quanto à disponibilidade, o recurso já foi lançado para alguns usuários de Android, mas a distribuição está ocorrendo de forma gradual. Ainda não há informações sobre quando a funcionalidade será estendida para dispositivos iOS.
Se o mensageiro manteve a configuração original observada durante a fase de testes Beta, a funcionalidade das chaves de acesso deverá ser encontrada em um menu específico dentro das opções de segurança do aplicativo.
A implementação gradual sugere que o WhatsApp está tomando precauções para garantir que o novo sistema funcione de forma eficaz antes de disponibilizá-lo para um público mais amplo.
Fonte: Android Police
Veja também
Sobre o Autor
Deixe seu comentário