IA em tudo: China segue investindo pesado no mercado de influenciadores virtuais

IA em tudo: China segue investindo pesado no mercado de influenciadores virtuais

Muito se fala sobre o mercado de influenciadores, e o papel deles em um mundo cada vez mais centrado em mídias sociais e aplicações virtuais. A associação de algumas marcas com essas pessoas seguidas por outras tantas também gera certa preocupação, principalmente quando a ação de determinado influencer acaba respingando na marca que ele está associado. A China tem a solução pra isso: investir em influenciadores virtuais . É isso mesmo.

O país está injetando cada vez mais dinheiro nessa possibilidade, que pode ganhar contextos ainda mais aterradores com os avanços da inteligência artificial. Combinando animação, técnicas de som e deep learning é possível materializar algo que muito interessa a China, um ser humano digital alinhado completamente com suas bandeiras, e que sirva como porta-voz para promoção do governo e também de suas marcas.

Em 2022, a cidade de Pequim anunciou um grande investimento na indústria de pessoas virtuais, cerca de US$ 7 bilhões. A chinesa Baidu projeta que o mercado de influenciadores virtuais siga crescendo 50% até 2025. A empresa também destaca, em entrevista à CNBC, que os custos caíram 50% desde o ano passado, com o avanço da tecnologia.

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Além do uso pleno de influenciadores virtuais, a China também projeta situações em que humanos farão parceiras com essas criações, com base em IA. Um exemplo aconteceu em 2019, na Mercedes-Benz Arena in Shanghai, quando o pianista Lang Lang fez uma apresentação em conjunto com o avatar Luo Tianyi.

Desenvolvida em 2012 pela Bplats, sob supervisão da Yamaha, Tianyi é a representante de uma nova era que a China está traçando. Os direitos da influencer virtual foram adquiridos recentemente pela plataforma de streaming de vídeos e jogos Bilibili. Tianyi cantou na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Pequim, realizada ano passado.

O Chief Product Officer e Head of Greater China Market da Kantar, Sirius Wang, disse que as marcas na China estão procurando por porta-vozes substitutos depois que muitas celebridades enfrentaram recentemente escândalos relacionados a muitas coisas, como a sonegação de impostos.

Pelo menos 36% dos consumidores da China viram um influenciador virtual ou celebridade digital no ano passado, de acordo a Kantar. Projetando 2023, a empresa diz que 45% dos anunciantes entrevistados disseram que patrocinariam a performance de um influenciador virtual ou convidariam uma pessoa virtual para participar dos eventos de sua marca. Adidas, Alexander McQueen, Converse, Dior, Dolce & Gabbana, Givenchy, Nike, Prada e Versace são algumas marcas que já fizeram uso desta categoria de influencer.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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