Imagem mostra bola da Copa do Mundo sendo carregada na tomada

Imagem mostra bola da Copa do Mundo sendo carregada na tomada

Viralizou na internet uma imagem que mostra uma régua de extensão, com diversos carregadores conectados e os fios indo em direção a algumas unidades da “Al Rihla” (“A jornada” em árabe), bola utilizada na Copa do Mundo do Catar. Assim como praticamente tudo neste universo, até mesmo a bola do maior campeonato de futebol do mundo também conta com um chip, um sensor de 14 gramas.

Especificamente no caso da “Al Rihla, o chip presente na pelota é utilizado para o envio de informações diretamente para a cabine do VAR, dados que facilitam a análise e conclusão sobre um lance de impedimento, por exemplo, já que há um mapeamento em relação à localização exata da bola, facilitando o processo de traçar as linhas para a detecção de um possível impedimento.

“Os dados são enviados em tempo real dos sensores para um sistema de posicionamento local (LPS), que inclui um conjunto de antenas de rede instaladas ao redor do campo de jogo, que recebem e armazenam os dados para uso imediato. Quando uma bola sai de campo durante o jogo e uma nova bola é inserida para substituí-la, o sistema de back-end da KINEXON vai diretamente para os dados da nova bola, sem a necessidade de intervenção humana”, explica Maximilian Schmidt, co-fundador da KINEXON, empresa responsável pela criação do sensor e que trabalha para mais de 400 clubes ao redor do mundo.

A KINEXON usa uma combinação de banda ultralarga (UWB) e unidade de medição inercial (IMU), para cálculo de deslocamento, noa sensores de bola. Isso significa que todos os movimentos e posições da bola podem ser registrados e medidos com precisão, apenas um delay de cerca de 20ms. “O sensor IMU de 500 Hz localizado no interior da bola permite-nos ser muito precisos nas nossas análises”, explica a companhia.

Além de bolas de futebol, a tecnologia da KINEXON também está implementada em alguns modelos voltados ao handball.

Esse chip precisa ser energizado, função gerenciada por uma bateria interna na bola. A bateria tem uma autonomia de até 6 horas com uma carga quando está em contato com a grama, ou de até 18 dias quando não há nenhum estímulo externo. Para que tudo funcione corretamente, a bateria que alimenta as “Al Rihla” é recarregada antes do início das partidas da Copa do Mundo.

Embora a “Al Rihla” seja comercializada, o modelo disponível ao público não conta com o sensor. Opção restrita à competição. A Adidas já revelou que não tem intenção de fornecer bolas com a tecnologia para consumidores ou fora de competições profissionais.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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