Black Friday 2022 tem faturamento de mais de R$ 6 bilhões; 23% a menos que 2021

Black Friday 2022 tem faturamento de mais de R$ 6 bilhões; 23% a menos que 2021

Realizada na última sexta-feira (25), a Black Friday registrou um faturamento total de aproximadamente R$ 6,1 bilhões, uma queda de 23% em relação ao mesmo período de 2021 (cerca de R$ 7,9 bilhões). O mercado tinha uma expectativa mais otimista, no entanto, alguns fatores, como Copa do Mundo, jogo do Brasil e diluição de vendas durante o mês impactaram uma das datas mais importantes para o varejo eletrônico brasileiro. O ticket médio da Black Friday foi de R$618,16, cerca de 6% mais baixo que 2021.

Quando o assunto são fraudes, foram registradas 57.734 mil tentativas evitadas, uma queda de 21% em relação ao ano anterior, cujos números ficaram em torno de 73 mil. Já em valores, este ano foram R$ 72,3 milhões, frente a R$74 milhões em 2021. Ao referir-se sobre quantidade de pedidos realizados durante os quatro dias, foram 9.959.861 milhões, indicador 18% menor em relação ao período anterior. Os dados são do monitoramento Hora a Hora, da Confi Neotrust, empresa de inteligência de dados com foco em e-commerce, em parceria com a ClearSale, empresa referência em inteligência de dados com múltiplas soluções para prevenção a riscos. O período analisado no comparativo é o de 24 a 27 de novembro.

Nestes quatro dias, os top 5 segmentos que mais faturaram na Black Friday foram: eletrodomésticos, eletrônicos, telefonia, moda e acessórios, e informática. Já as categorias que mais venderam foram: moda e acessórios, beleza e perfumaria, alimentos e bebidas, eletroportáteis e utilidades domésticas. Na Cyber Monday, que ocorreu nesta segunda-feira (28), o faturamento de vendas atingiu um total de R$737 milhões.

Black Friday

A quantidade de pedidos teve uma queda de 11,9% em relação ao total do ano passado. Entre os principais produtos com maior faturamento estão: eletrônicos, eletrodomésticos, telefonia, moda e acessórios, e móveis. O ticket médio do consumidor no período de 24 a 27 de novembro foi de R$618,16, uma queda de 6,13% em relação ao mesmo período de 2021. Na Cyber Monday, foi de R$493,95.

Para a Head de Inteligência da Confi Neotrust, Paulina Dias, as vendas da Black Friday foram mais fracas do que o esperado, com uma queda de 23% no faturamento e de 12% na quantidade de produtos se comparado a 2021: “Apesar da vendas baixas, notamos um comportamento do consumidor moldado pelos jogos da Copa do Mundo. As TVs e o setor de alimentos e bebidas, por exemplo, receberam maior atenção do cliente e estão entre as categorias de destaque desta Black Friday”, comenta.

Comparada aos dois últimos anos (2020 e 2021), foi a Black Friday mais fraca. Já comparado a data de 2019, por exemplo, o faturamento foi de R$5,5 bilhões, ou seja, 11% menor do que deste ano.

De acordo com Marcelo Queiroz, Head de Estratégia de Mercado da ClearSale, o período foi de baixa nas vendas do e-commerce brasileiro e, consequentemente, no número de fraudes. “Pode ser que em 2023 a gente entenda melhor o cenário macro, mas 2020 e 2021 foram Black Fridays históricas para o varejo eletrônico, muito impulsionadas pelo fato das pessoas estarem mais em casa. Já esperávamos uma queda diante dos outros anos por conta do crescimento controlado do e-commerce e das incertezas financeiras para o ano de 2023. Além disso, é possível afirmar que o consumidor não encontrou tantos descontos como esperava, postergando as compras para o Natal”, comenta.

Ainda, segundo dados da Confi Neotrust e ClearSale, o público feminino foi o que mais realizou compras no período, apresentando um percentual de 57,44%. Já os meios de pagamentos mais utilizados pelo consumidor foram: cartão de crédito (50,16%), outros – e-wallet, cashback, débito (25,94%), PIX (15,05%) e boleto (8,84%). “Notamos aqui um crescimento acelerado do PIX como forma de pagamento. É algo esperado devido à facilidade, mas o perigo de fraudes aumenta neste aspecto. Isso foi perceptível pela quantidade de fraude que caiu, mas o valor se manteve. Os novos meios de pagamento abrem margem para isso. Sempre indicamos que o consumidor utilize o cartão de crédito, pois ainda é a forma mais segura de realizar uma compra”, orienta Queiroz.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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