Venda de terrenos no metaverso cai 98% em relação a 2021

Venda de terrenos no metaverso cai 98% em relação a 2021

Um levantamento feito pela plataforma de análise de blockchain Delphi Digital, revelou que a venda de terrenos virtuais no metaverso caiu 98%. Os dados foram comparados com o período de pico de 2021. Em 2022, houve uma movimentação de apenas US$ 200 mil nos 10 metaversos mais populares.

Para você ter uma ideia, há menos de um ano, em novembro de 2021, o mercado de terrenos no metaverso havia movimentado US$ 8 milhões. É uma queda absurda em apenas 10 meses! Algo similar aconteceu com o mercado de NFTs, cujo número de transações caiu 99%.

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O hype esfriou

Vale lembrar que, na época, o segmento estava em alta. Bitcoin e Ethereum estavam valendo bastante dinheiro, os NFTs (tokens não-fungíveis) eram a grande novidade do momento e a aposta no conceito de metaverso também era bem alta. Ou seja, todo o cenário da época contribuiu para uma grande movimentação de dinheiro neste setor.

Além disso, vale lembrar que grandes empresas também acreditaram no metaverso, NFTs e em toda essa história. Foi o caso da Nike, Disney, Citibank, Banco do Brasil, TIM e muitas outras empresas que compraram a ideia do metaverso. Sem falar no Facebook, obviamente, que até mudou seu nome para Meta para sinalizar uma mudança de rota dentro da empresa.

Porém, com a queda no valor das criptomoedas, o hype em torno do metaverso e dos terrenos vendidos por lá caiu bastante. Na prática, os terrenos virtuais sofreram de um mesmo fenômeno que acontece no mercado imobiliário do mundo real: especulação financeira. Muita gente viu um potencial de valorização enorme nos terrenos do metaverso. E isso jogou o preço dos ativos digitais lá para cima.

Na prática, o que são terrenos no metaverso?

Os terrenos digitais nada mais são do que NFTs. Caso você não entenda muito bem o que são NFTs, temos um artigo super completo explicando o que são estes tais de tokens não-fungíveis. Leia:

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Porém, os terrenos digitais são parte fundamental do metaverso. Digamos que eles sejam como espaços virtuais privados. Os donos desses terrenos podem fazer o que quiser com eles. Alguns exemplos são: criar prédios para divulgar o seu próprio negócio, centros de entretenimento, lojas, cassinos, casas para shows, alugar uma parte desse espaço para outras empresas e assim por diante. Recentemente, o Nando Reis fez um show no metaverso. E o Rock in Rio tinha espaços interativos no metaverso.

No entanto, com a chegada do “inverno cripto”, muitos investidores ficaram reticentes em continuar apostando no metaverso e em seus terrenos digitais. Além disso, a criação dos mundos virtuais ainda está bem lenta.

Mesmo assim, não é necessário ter um terreno ou uma super máquina para acessar algum dos metaversos disponíveis. Basta ter um óculos de realidade virtual para já começar a brincadeira. Porém, não é nada muito empolgante. Os gráficos ainda não são lá essas coisas.

Sobre o Autor

Cearense. 34 anos. Apaixonado por tecnologia e cultura. Trabalho como redator tech desde 2011. Já passei pelos maiores sites do país, como TechTudo e TudoCelular. E hoje cubro este fantástico mundo da tecnologia aqui para o HARDWARE.
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