Banda larga: mais de 60% das reclamações são sobre cobrança e qualidade do serviço

Banda larga: mais de 60% das reclamações são sobre cobrança e qualidade do serviço

64,93% do total de reclamações sobre o serviço de banda larga fixa no Brasil são sobre cobrança e qualidade do serviço, isso é o que mostra o Relatório de Acompanhamento do Setor de Telecomunicações da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em sua edição que engloba dados do segundo semestre de 2021.

São listados os 6 tipos mais comuns de solicitações de reclamações sobre a banda larga. Cobrança aparece em primeiro com 37,73% e qualidade, funcionamento e reparo vem logo em seguida com 27,20%.

 

Entre os players deste mercado, o Grupo Claro aparece na liderança entre as empresas que mais recebem reclamações, 28,94%, seguido pela Vivo (26,62%), o conjunto de outras empresas menores (19,78%), Oi (18,96%) e TIM (5,70%).

 

Recentemente João Félix, presidente do Grupo Claro, empresa que aparece na dianteira entre os provedores que mais recebem reclamações, se posicionou em relação ao preços dos planos de banda larga no país. Segundo o executivo, os preços praticados são insustentáveis.

O relatório também mostra uma queda vertiginosa no IR (Índice de Reclamações de Telecomunicações) entre janeiro de 2019 e dezembro de 2021.

O IR é calculado a partir da quantidade de reclamações realizadas no mês dividida pela quantidade de acessos.

Essa redução pode ter relação com a ascensão impressionante do uso da fibra ótica como o principal meio para fornecer banda larga no Brasil.

Para o consumidor médio, o simples fato de ter uma conexão baseada em fibra, com um plano com valor mais em conta considerando a oferta de velocidade, já aumenta a percepção de qualidade.

Dados da Anatel, colhidos em fevereiro de 202, mostram que todos os estados têm uma velocidade média contratada que supera os 100 Mbps, considerando somente fibra óptica, tecnologia que representa 62,5% do mercado (considerando ATM, Fibra e FFTH).

O estado que lidera a fila de velocidade média contratada é São Paulo, com 996,98 Mbps.

É interessante observar o crescimento da faixa de velocidade entre 2012 e 2021. A queda de uma faixa que era bem comum há alguns anos – 2 Mbps a 12 Mbps, e o crescimento de links que superam 34 Mbps.

A força motriz sobre a banda larga no Brasil são as PPPs (Prestadoras de Pequeno Porte), representam a maior participação e mercado em 21 das 27 unidades da federação. O marktet share é de 46,9%.

O Nordeste é a região do país com a maior concentração de provedores regionais. Esses ISPs (Provedores de Serviço de Internet) detém 38% de todos os clientes da banda larga do estado.

Observe a evolução incontestável das PPPs entre 2020 e 2021 perante a outros grupos:

Em apenas 6 estados as PPPs não registram market share maior que um único provedor em questão:

  • Roraíma (Oi detém 67% do mercado);
  • Amapá (Você Telecom detém 60% do mercado);
  • Acre (Oi com 54% de share);
  • Amazonas (Claro com 47%);
  • Distrito Federal (Claro com 41%);
  • Tocantins (Oi com 38%).

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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