CEO da Nokia afirma que o 6G chegará em 2030

Por: Pablo Nogueira

Hoje (24), durante um painel de conferência do Fórum Econômico de Davos, na Suíça, O CEO da Nokia, Pekka Lundmark, afirmou que a expectativa as redes 6G chegam em 2030.

No entanto, durante sua fala em Davos, o CEO da Nokia afirmou acreditar que o 6G estará presente nos smartphones no início do lançamento da conectividade.

Sergundo Lundmark, o 6G chega ao mercado comercial por volta de 2030, coincidindo, aliás, com a estimativa da Huawei para o lançamento da tecnologia.

Pekka Lundmark, o CEO da Nokia, no Fórum Econômico de Davos, nesta terça-feira (24).

Contudo, a definição exata do 6G ainda não existe e, além disso, o mundo está começando a se adaptar ao 5G agora.

Leia também:

Assim como a Huawei, a Nokia é especialista em desenvolver redes de telecomunicações que permitem a comunicação entre celulares e outros dispositivos conectados à internet.

Portanto, Lundmark, sendo CEO da Nokia, é uma autoridade no assunto 6G, pois a empresa divulgou, em janeiro deste ano, sua visão para a nova tecnologia.

Para a Nokia, conforme o 5G se expande comercialmente, surge uma rica estrutura de tecnologias de ponta. São essas tecnologias que alimentam smart cities, fabricas, agricultura de precisão, a Internet das Coisas (IoT) e a robótica.

Para a Nokia, o 6G será a conectividade que unirá o mundo real e o mundo digital.

Nesse sentido, para a Nokia, a crescente demanda pelo 5G e resultante tensão na rede exigirá uma nova arquitetura cognitiva extremamente ágil, “capaz de implementar automaticamente novos serviços perfeitamente adaptados para essas aplicações”.

Além disso, a Nokia afirma que a nova rede também irá expandir os limites para o suporte de uma latência baixíssima, bem como uma enorme capacidade e uma ampla conectividade.

Assim, a Nokia define que o 6G será a resposta a essas expectativas e, ademais, irá além, reformulando o próprio conceito de redes de comunicação.

A visão da Nokia para o 6G envolve serviços confiáveis, alto desempenho, sustentabilidade e segurança.

Segundo CEO da Nokia, headsets AR e VR podem substituir os celulares antes do 6G chegar

Quando questionado sobre quando haverá a migração dos smartphones para smart óculos e outros dispositivos, como headsets AR e VR, o CEO da Nokia afirmou que isso ocorrerá antes do 6G chegar.

“Até lá [2030], os smartphones como conhecemos hoje, definitivamente, não serão as interfaces mais comuns. A maioria dessas coisas serão desenvolvidas diretamente nos nossos corpos”, afirmou Pekka Lundmark.

Lundmark não especificou exatamente a quais tecnologias ele se referia. Entretanto, algumas empresas, como a Neuralink de Elon Musk, já trabalham na produção de chips que podem ser implantados no cérebro humano. Esses chips servirão para comunicação com máquinas e outras pessoas.

A Neuralink, de Elon Musk, fará testes de implantação de chips em humanos

Em suma, os chips podem ser implantados nos dedos das pessoas com o fim de destravar, por exemplo, portas eletrônicas.

Além da Neuralink, podemos citar as gigantes tech, como o Meta, o Google e a Microsoft. As três empresas desenvolvem atualmente headsets AR e VR que podem, em breve, substituir o smartphone.

Aliás, no mesmo painel em que o CEO da Nokia falou sobre o 6G, a Diretora Financeira do Google (CFO), Ruth Porat, também participou. Segundo Porat, o Google acredita que, em algum momento, “as grandes vantagens da realidade aumentada irão resolver os problemas aqui da Terra.”

Ruth Porat, a CFO do Google, durante o painel em Davos.

Porat afirma que isso será como ter os smart óculos e conseguir traduzir o que você fala com os óculos. De acordo com a CFO do Google, isso está muito próximo de acontecer.

Painel de Davos também debateu sobre o metaverso

Além do 6G e do avanço da realidade virtual e aumentada, os líderes da indústria tech debateram também sobre as oportunidades e desafios que o metaverso apresenta.

Asim como o 6G, o CEO da Nokia afirmou acreditar que, em 2030, haverá um “gêmeo digital de todas as coisas”. Isso, para Lundmark, necessitará de “enormes recursos computacionais”.

De acordo com Lundmark, para transmitir todos bits computacionais que o metaverso demanda, as redes precisarão ser 100 vezes, ou até mil vezes, mais rápidas.

O painel do Fórum Econômico de Davos com cinco líderes das maiores empresas de tecnologia.

O tema da conferência de hoje era sobre as “Perspectivas Estratégicas da Economia Digital”. Além de Lundmark e Porat, participaram os CEOs da HP e da IBM, Antonio Neri e Arvind Krishna, respectivamente, e Julie Sweet, CEO da Accenture. Clique aqui para assistir à conferência completa.

Sobre o Autor

Redes Sociais: