Após comprar o Twitter, Elon Musk vende US$ 8 bilhões em ações da Tesla

Após comprar o Twitter, Elon Musk vende US$ 8 bilhões em ações da Tesla

Ontem (28), três dias após anunciar a compra do Twitter por US$ 44 bilhões, o magnata Elon Musk vendeu 9,6 milhões de ações da sua principal empresa, a Tesla, correspondendo a US$ 8,5 bilhões.

De acordo com documentos regulatórios, entre terça e quinta-feira, o CEO da Tesla vendeu essas ações com preços que vão de US$ 820 e US$ 1.000 por ação.

Desse modo, Elon Musk agora tem 163 milhões de ações da Tesla, ou seja, 16% da companhia, continuando a ser o maior acionista da montadora de carros elétricos.

Na noite de ontem (28), em uma publicação no Twitter, Elon Musk declarou: “sem mais vendas de ações da Tesla após hoje”.

Elon Musk ganhou fama por ser bastante relutante em se desfazer das suas ações na Tesla, mas a necessidade em obter US$ 21 bilhões em espécie para financiar a compra do Twitter fez o bilionário mudar de ideia.

Além disso, o plano financeiro de Elon Musk para efetuar a compra do Twitter também consiste em um empréstimo de US$ 12,5 bilhões cuja garantia são US$ 62,5 bilhões que correspondem a 40% das ações de Musk da Tesla.

Entretanto, além da Tesla, Elon Musk possui outros ativos para conseguir a quantia para comprar o Twitter. Musk possui uma 43% das ações da SpaceX, empresa de exploração espacial que vale US$ 100 bilhões.

Musk também pode avaliar a opção de se juntar a investidores externos, algo que o próprio já analisou.

Venda de ações pode enfraquecer controle de Elon Musk sobre a Tesla

Twitter Elon Musk Tesla

Enfim, Elon Musk é o homem mais rico do mundo, com uma fortuna avaliada em US$ 252 bilhões. A maioria da sua riqueza está atrelada às suas companhias, sobretudo a Tesla e a SpaceX.

Contudo, o motivo pelo qual Musk precisa reunir capital vendendo ações para comprar o Twitter reside exatamente na sua gestão da Tesla. O CEO da montadora não recebe salário pela sua empresa, sendo compensado, em vez disso, com ações.

Portanto, vender ações da Tesla pode reduzir o controle de Musk sob a empresa. Diferentemente de outras companhias, como Meta (Facebook) e Alphabet (Google), a Tesla não possui classes diferentes de acionistas.

Desse modo, os fundadores da empresa — Elon Musk no caso da Tesla —, não têm o poder de super voto em relação aos outros acionistas.

Fonte: The Wall Street Journal

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