Meta (Facebook) sofre a maior queda de valor de mercado da história

Meta (Facebook) sofre a maior queda de valor de mercado da história

Meta, a empresa anteriormente conhecida como Facebook, conseguiu quebrar o recorde de maior queda de valor de mercado da história.

Ontem  (3), a empresa de Mark Zuckerberg viu suas ações despencaram em 26% como resultado de rendimentos lamentáveis no último trimestre.

Essa queda, em números monetários, representa a perda de US$ 251,3 bilhões de valor de mercado para a Meta (Facebook)

Meta queda valor mercado

Novamente, é válido ressaltar, devido à importância histórica: essa é a maior queda de valor de mercado de uma empresa americana de todos os tempos.

Embora o preço as ações da “gigante” de Palo Alto possam retornar aos números anteriores — sobretudo pela volatilidade do setor de tecnologia no mercado financeiro —, fontes da imprensa americana afirmam o Meta não é mais a queridinha da Bolsa de Valores de Nova York, quando se chamava Facebook.

Devido aos lucros apresentados pelo Meta — bastante abaixo da expectativa do mercado —, a situação torna-se mais delicada ainda, com analistas financeiros questionando se este é o começo do fim do Facebook.

Meta queda valor mercado
Maiores quedas de valor de mercado da história. Créditos: Bloomberg

O colapso financeiro do Facebook é um reflexo de quão poderosas as empresas de tecnologia se tornaram em termos de poder de mercado, mas, também, reflete a enorme tensão que ocorre quando essas empresas perdem valor.

O motivo para tanta tensão reside no fato de que a maioria das grandes companhias americanas são precificadas com base no crescimento das ações individuais.

Portanto, em um ambiente de rendimento crescente, sobretudo quando esse crescimento se torna questionável, tais empresas podem sofrer baques mais fortes.

Além do Meta (Facebook), Twitter, Snapchat e Pinterest também sofreram quedas e fizeram com que o índice da Nasdaq caísse em 4,2%.

O que causou queda recorde em valor de mercado do Meta?

No início do documento de apresentação dos rendimentos do último trimestre do ano passado (o Facebook se tornou Meta em outubro de 2021, primeiro mês do último trimestre), o CEO da empresa, Mark Zuckerberg, tenta aliviar a situação.

“Tivemos um trimestre de rendimentos sólidos à medida que as pessoas passaram a utilizar os nossos produtos para se manter conectadas, assim como as empresas, que continuaram a utilizar nossos serviços para o seu crescimento. Eu me sinto confiante pelo progresso que fizemos no ano passado no sentido de crescimento de variados setores, como o Reels, o e-commerce, a realidade virtual. Sendo assim, nós iremos continuar a investir nessas e em outras prioridades em 2022, mas trabalhando, em simultâneo, para construir o metaverso”, afirmou Zuckerberg.

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Contudo, essa mensagem foi escrita na última quarta-feira (2), ou seja, um dia antes do colapso do Meta (Facebook) no mercado financeiro.

O principal motivo da queda na bolsa de valores tem nome: o metaverso. No documento, a empresa revelou, pela primeira vez, quanto gastou — e ainda gasta — para construir a nova empreitada de Zuckerberg.

Em 2021, o Meta gastou US$ 4,2 bilhões no Reality Labs, a sua divisão que produz os headsets VR Oculus, bem como softwares de realidade virtual e outros produtos relacionados ao metaverso.

No entanto, o Reality Labs rendeu à empresa apenas US$ 877 milhões, ou seja, o Meta levou um prejuízo de US$ 3,3 bilhões.

Leia também: Meta (Facebook) contratou 70 funcionários da Microsoft para desenvolver metaverso

Mas, além disso, há outros motivos cruciais responsáveis por um dos maiores vexames da empresa nos últimos tempos. E, francamente, a concorrência é grande em termos de vexames e polêmicas do Facebook, vivenciando a sua primeira grande crise após usar o nome Meta.

Crescimento de usuários do Facebook chegou ao limite 

O ecossistema de plataformas do Meta (Instagram, Messenger e WhatsApp) apresentaram crescimentos modestos em suas bases de usuários. No entanto, a principal plataforma do Meta é o Facebook (devido ao modelo de negócios), que, conforme o relatório financeiro, perdeu cerca de meio milhão de usuários apenas no quarto trimestre de 2021.

Portanto, esse é um sinal de que a plataforma principal já perdeu a sua hegemonia.

Mais um motivo é a nova política de privacidade da Apple. Lançada recentemente no iOS, a ferramenta as táticas de rastreamento do Facebook, pois deixam os usuários do iPhone escolher entre ser monitorado ou não.

Assim, o modelo de negócios do Meta, baseado em coleta de dados para anunciantes, perde força.

Por falar em anúncios, outro impacto que o Meta sofreu tem a ver com mais um rival, desta vez, o Google. Isso porque, devido à alteração de privacidade dos sistemas da Apple, muitos anunciantes migraram para o Google.

Nesta semana, o Google divulgou um recorde em número de vendas, principalmente graças ao seu mecanismo de busca de e-commerce. Além disso, o Google, diferentemente do Meta, não depende dos dados dos usuários da Apple, como afirma o próprio diretor financeiro do Meta, David Wehner.

Mark Zuckerberg pode sair do clube do bolinha e culpa o TikTok 

Na quarta-feira (2), Mark Zuckerberg ocupava a terceira posição no Índice de Bilionários do Bloomberg. Agora, o CEO do Meta caiu para a décima posição, com apenas 400 milhões a mais que o empresário indiano Mukesh Ambani.

Meta queda valor mercado
Lista atual dos mais ricos do mundo coloca Mark Zuckerberg na décima posição. Créditos: Bloomberg

Portanto, se as ações do Facebook continuarem em queda, Zuck pode deixar o clube do bolinha, composto pelas 10 pessoas mais ricas do mundo, e se contentar com a 11ª posição.

A reação do excêntrico magnata do Vale do Silício foi bastante condizente com a sua personalidade.

Segundo o jornal Bloomberg, o CEO do Meta realizou uma conferência virtual para explicar a maior queda de valor de mercado da história, que ocorreu com a sua empresa.

Uma fonte do jornal, presente na conferência, afirmou que Zuckerberg iniciou sua fala fazendo uma piada: “se eu começar a chorar, não é pelas notícias de hoje”.

Zuck estava com os olhos lacrimejados devido a uma córnea arranhada, conforme o mesmo disse, em uma tentativa de acalmar os ânimos no momento em que sua empresa perdia 26% de seu valor de mercado.

Após o gracejo, Zuckerberg ressaltou que a queda história foi um resultado da fraca projeção do Meta para o trimestre atual. Ele ainda ressaltou ser importante que o Meta foque no crescimento do produto do Facebook de produção de vídeos curtos.

De acordo com Mark Zuckerberg, o Facebook, atualmente enfrenta um “nível de concorrência sem precedentes” pelo fato do crescimento gigantesco do TikTok.

O Meta, quando se chamava Facebook, lançou uma cópia do TikTok no Instagram, a ferramenta Reels, sendo agora uma das prioridades da companhia.

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