AMD revela nova geração de processadores EPYC com arquitetura Zen 4

AMD revela nova geração de processadores EPYC com arquitetura Zen 4

A AMD revelou hoje (8), em um evento apresentado pela CEO da empresa, Lisa Su, os novos processadores EPYC com a nova microarquitetura Zen 4, para supercomputadores, data centers e servidores com alto nível de operações.

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De acordo com a AMD, a previsão de lançamento dos novos processadores da linha EPYC é para 2022, embora a empresa não tenha divulgado o período específico.

Os dois primeiros processadores revelados pela empresa são o Genoa e o Bergamo, seguindo o costume de batizar os chips dessa família com o nome de cidades italianas.  Confira abaixo íntegra da apresentação.

Ambos os processadores foram desenvolvidos através do moderno processo de fabricação de 5 nm da TSCM. Graças a tal processo de fabricação, o Genoa possui 96 núcleos Zen 4, bem como suporte para memórias DRR5 e periféricos com o padrão PCIe 5.0.

A cereja do bolo dos novos processadores da linha EPYC da AMD, entretanto, foi o Bergamo, que possui 128 núcleos Zen 4c, sendo desenvolvido para computação em nuvem. Aliás, a AMD ressaltou que a letra ‘c’ no Zen 4c significa “cloud”, ou seja, nuvem.

A arquitetura Zen 4c, portanto, otimiza o processador para impulsionar a contagem de núcleos e, portanto, garantir o maior número de threads possível. De acordo com a apresentação da AMD, o EPYC Bergamo só aparecerá no primeiro semestre de 2023.

EPYC Bergamo: diferença entre Zen 4 e Zen 4c

Como dito acima, a arquitetura Zen 4c foi desenvolvida especificamente para computação em nuvem. Para isso, a AMD desenvolveu duas formas diferentes da arquitetura Zen 4. Uma para a maioria das operações, e outra versão de maior densidade para computação em nuvem.

Portanto, essas duas arquiteturas, embora tenham funcionamento idêntico, usarão instruções diferentes de máscaras de bits.

Os chips Zen 4c, conforme afirmou a AMD, foram fabricados em uma variante do processo de 5 nm da TSMC. Essa variante, inclusive, é direcionada aos chips para supercomputadores.

AMD EPYC ZEN 4
O Zen 4c. Créditos: AMD

Desse modo, essa variante permite uma maior frequência, garantindo o dobro da densidade, e 1,25x mais desempenho se comparado aos chips fabricados em processo de 7 nm.

Segundo a AMD, o processador EPYC Bergamo, devido a sua arquitetura mista, aumentará o consumo de energia. A empresa afirmou que, com o lançamento do Bergamo, é possível que o consumo de energia dos processadores para supercomputadores e data center aumentem.

Atualmente, o nível de consumo desses processadores ficam entre 65 e 280 watts, mas processadores com Zen 4c podem aumentar esse nível devido ao uso específico em computação em nuvem, que pode exigir, em alguns casos, maior densidade, desempenho ou eficiência energética.

Além disso, os núcleos Zen 4c do EPYC Bergamo podem ser menores de modo a alocar os 128 núcleos, bem como reunir diferentes quantidades de cache, para diferenciar sua Comunicação entre processos (IPC) dos núcleos Zen 4 tradicionais.

MI200 

Além dos novos processadores da família EPYC, a AMD revelou a nova linha de aceleradores Instict, a MI200, baseada na nova arquitetura CDNA 2.

Hoje (8), três processadores foram revelados: o M1250X, considerado o topo de linha; o MI250 e o MI210. No entanto, a AMD revelou as especificações dos dois primeiros, deixando o MI210 de lado.

Especificações dos modelos da linha MI200. Créditos: AMD

A linha MI200 é a nova GPU para grandes servidores, considerada pela empresa como a GPU mais potente, revelando que esse acelerador já está sendo integrado ao supercomputador Frontier, do departamento de Energia dos Estados Unidos.

“O supercomputador Frontier é o resultado de uma forte parceria entre a AMD, a HP e o Departamento de Energia dos EUA, cujo objetivo é desenvolver um sistema com capacidades de exaescala que possa impulsionar as fronteiras da descoberta científica ao aumentar o desempenho, analítico, da inteligência artificial e de simulação em tal escala”, afirmou Thomas Zacharia, diretor do Laboratório Oak Ridge, onde ficará o Frontier.

AMD EPYC ZEN 4
Créditos: AMD

Para alcançar a exaescala, a AMD utilizou o software ROCm, permitindo que os pesquisadores medissem a capacidade dos aceleradores AMD Instinct na área de descobertas científicas.

O ROCm, segundo a AMD, foi desenvolvido para ser compatível com múltiplas arquiteturas e com o lançamento da linha MI200, a intenção da empresa é aumentar acessibilidade da plataforma para desenvolvedores.

Sendo assim, através do AMD Infinity Hub, pesquisadores, cientistas de dados e desenvolvedores podem instalar aplicativos e frameworks de supercomputação, otimizados e com suporte aos aceleradores Instinct e ao ROCm.

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A AMD deixou na mão o público que esperava novidades sobre os processadores Ryzen com a nova arquitetura Zen 4. O foco do evento foi os produtos direcionados ao ramo empresarial, sem menções aos produtos para o consumidor médio.

No entanto, a AMD ressaltou que, em breve, haverá mais notícias sobre a nova arquitetura. Além disso, a empresa anunciou uma parceria com outro grande nome da indústria…

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