Activision Blizzard demite 50 funcionários da divisão de esports da empresa

Activision Blizzard demite 50 funcionários da divisão de esports da empresa

A Activision Blizzard demitiu cerca de 190 funcionários, incluindo 50 pessoas da divisão de esports da empresa, alegando reduzir os custos.

Os 50 ex-funcionários que trabalhavam na divisão de esports irão receber um seguro desemprego de 90 dias e plano de saúde por um ano, de acordo com o Bloomberg. Além disso, cada um desses trabalhadores demitidos receberam um gift card de US$ 200 no Battle.net, a loja online da Activision Blizzard.

Uma matéria do Sports Business Journal informa que Tony Petitti, um executivo da publisher, afirmou que as demissões na divisão de esports são o resultado da tentativa de reivenção da Activision Blizzard no meio da pandemia global da COVID-19.

O executivo revelou que as demissões são, em parte, devido às necessidades de reduzir os custos, mas, também, como uma forma de liberar recursos para realocá-los em outras áreas da Activision Blizzard.

De acordo com Pettiti, as demissões representam uma “reação às realidades de como as ligas estão sendo realizadas” e sobre quais serão os recursos necessários que a Activision Blizzard precisa realocar para “melhor servir à liga, aos donos, aos times e aos fãs.”

Vale ressaltar que, na entrevista com o SBJ, Tony Petitti não comentou sobre as outras demissões. Ele disse, apenas, que a empresa “aprendeu muito no ano passado em termos de como estruturar uma liga online.”

Activision Blizzard pretende mudar o formato das suas ligas de esports

Petitti revelou que a empresa está planejando um futuro em que a divisão de esports da Activision seja “menos dependente de eventos ao vivo.”

Além disso, a Activision afirmou que irá mudar o foco de esports da empresa, que é bastante centrado nas ligas de Overwatch e Call of Duty, mas sem se desligar completamente dos eventos em transmissão ao vivo.

Activision Blizzard
Partida da Liga de Overwatch em 2019. Créditos: Dallas Fuel

Ambas as ligas migraram dos eventos normais para as lives durante o ano passado e, de acordo com a matéria do SBJ, é possível que a Activision continue nessa área nos eventos futuros.

De acordo com um porta-voz da Activision, em entrevista ao Bloomberg, os jogadores estão, cada vez mais, optando por utilizar os jogos da empresa de maneira digitital.

Ele afirmou que, assim como as outras indústrias de entretenimento e esportes, a Activision precisou se adpatar ao impacto da pandemia na realização de eventos presenciais.

CEO da Activision irá receber pagamento de US$ 200 milhões

Poucas horas após a notícia da demissão, em que a principal justificativa foi de reduzir os custos, aparece mais uma polêmica envolvendo a Activision. O CEO da empresa, Bobby Kotick, irá receber um generoso pagamento de US$ 200 milhões.

Esse valor é uma gratificação, prevista pelo seu acordo de trabalho com a empresa, de “Incentivo de Criação de Valor para o Acionista.” Desse modo, o CEO irá receber um pagamento completo por desempenho independemente de ter alcançado as metas anteriores da companhia.

Além disso, como resultado do crescimento do preço das ações da Activision Blizzard a partir de 2019, Kotick irá receber gratificações que datam de 2017.

No entanto, analistas financeiros comentam que não há uma relação muito forte entre a liderança de Bobby Kotick e o crescimento da Activision, sobretudo o uso de videogames como uma opção de entretenimento durante a pandemia, que impulsionou muitas empresas do ramo.

O CtW, grupo de investidores, lançou um comunicado que revela que o CEO da Activision arrecadou mais de US$ 30 milhões em 2019.

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