Sete a cada dez crianças brasileiras têm o próprio celular antes dos 10 anos

Sete a cada dez crianças brasileiras têm o próprio celular antes dos 10 anos
Quase metade das crianças brasileiras usam um dispositivo conectado pela primeira vez antes dos seis anos. E mais de 70% delas ganham seu primeiro smartphone ou tablet antes de completar 10 anos. Estes são alguns dos resultados revelados pelo estudo Crianças Digitais, realizado pela empresa de cibersegurança Kaspersky em parceria com a consultoria de pesquisa CORPA, e que entrevistou pais e mães, das classes A, B e C, com filhos de até 18 anos em seis países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru).

Ainda de acordo com a pesquisa, metade dos pais entrevistados na América Latina afirmou que os filhos possuem ao menos um perfil em mídias sociais; ao mesmo tempo, 15% deles admitiram ignorar completamente as informações que as crianças compartilham na internet. O Brasil lidera este quesito, com 56% das crianças tendo alguma conta em redes como WhatsApp, Instagram, YouTube e Facebook. Em seguida aparecem os chilenos (55%), argentinos (53%) e mexicanos (48%). Completam a lista os colombianos (45%) e os peruanos (44%). Dos 50% dos jovens que mantém contas em redes sociais, 40% as criaram e acessaram diretamente sem a supervisão de seus pais. Os outros 10% tiveram seus perfis criados pelos pais, que também os gerenciam.
De acordo com os pais entrevistados no Brasil, o que as crianças mais compartilham publicamente são: hobbies ou atividades favoritas (67%), dados pessoais de amigos e parentes (10%) e fotos da casa (16%).

A pesquisa também mostrou que 25% dos pais na região raramente acompanham as redes sociais de seus filhos, e os que menos fazem são os mexicanos (20%). Em contrapartida, os mais preocupados são argentinos, brasileiros e chilenos, com 28%. Colombianos (24%) e peruanos (21%) completam a lista.

Soma-se a esta questão o fato de que, em média, 35% dos adultos não sabem a senha do perfil de seus filhos, e os brasileiros são os que menos têm essa informação, com 26%. Os que demonstram mais interesse pelas credenciais de seus filhos são os mexicanos, com 44%. Argentinos, chilenos, colombianos e peruanos aparecem com, respectivamente, 38%, 37%, 33% e 31%.

Outro aspecto que a pesquisa revelou é que 49% das crianças brasileiras usam um dispositivo inteligente pela primeira vez antes dos 6 anos de idade e, ainda, que 73% delas ganham seu primeiro smartphone ou tablet antes de completar 10 anos. Segundo os pais participantes, seus filhos usam os dispositivos principalmente para se divertir (69% – o maior índice em toda América Latina). Em seguida, estão a educação (33%) e se comunicar com outras pessoas (9%).

Sobre o tempo de uso, a pesquisa mostra que 15% dos menores na região passam mais de quatro horas conectados à internet, sendo os argentinos (24%) lideres neste quesito. Em seguida aparecem os chilenos (21%) e brasileiros (18%). Mais atrás estão colombianos (12%), peruanos (7%) e mexicanos (7%).
“As crianças de hoje crescem em um mundo rodeado pela internet. É impossível evitar que, mais cedo ou mais tarde, elas comecem a interagir com tudo o que é digital e, principalmente, com as redes sociais. Se as redes já fazem parte de suas vidas, é importante supervisionar o que publicam e explicar por que é responsabilidade dos pais fazer isso. Até os adolescentes podem não ter total compreensão sobre o impacto a longo prazo de suas postagens ou podem não entender que a internet nunca esquece nada. Portanto, é importante ensiná-los a ter bons hábitos online. Desde cedo, converse com eles sobre as ameaças online para que aprendam a reconhecê-las e evitá-las, criando assim uma base de confiança e diálogo”, explica Carolina Mojica, gerente comercial de varejo da Kaspersky .

O estudo da Kaspersky faz parte da campanha Crianças Digitais e foi realizado para analisar o quanto pais e mães estão envolvidos e comprometidos com a vida digital de seus filhos em seis países da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, México e Peru). Ao todo, foram entrevistados 2.294 pais e mães com o seguinte perfil: idade entre 25 a 60 anos, pertencentes às classes A, B ou C, usuários de dispositivos eletrônicos e cujos filhos tenham entre 0 e 18 anos. As entrevistas foram realizadas entre fevereiro e março deste ano, por meio de enquetes online.

Para ajudar as famílias na educação digital infantil, a Kaspersky recomenda:

• Estabeleça um diálogo sobre os perigos da internet com os seus filhos .

• Participe das atividades online de seus filhos desde cedo como um “mentor”. Pergunte sobre suas experiências online e, em particular, se teve algo que o(a) fez sentir desconfortável ​​ou ameaçado(a), como assédio, sexting ou aliciamento.

• Defina regras simples e claras sobre o que eles podem fazer na internet e explique o porquê.

• Configure corretamente as ferramentas de privacidade nas redes sociais de seus filhos para que as mensagens sejam visualizadas apenas por amigos e familiares.

• Conte com uma solução de segurança de qualidade em todos os dispositivos conectados, como PCs, smartphones e tablets, e tenha ainda a função de controle parental, como o Kaspersky Safe Kids, habilitada nos dispositivos das crianças. Esta solução permite bloquear conteúdos inapropriados, mensagens de spam e ajudar a acompanhar as regras predefinidas de uso da internet. Baixe uma licença de teste no site oficial.

Sobre o Autor

Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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