Versão paga do Firefox terá VPN e armazenamento em nuvem

A Mozilla Foundation está se preparando para lançar em outubro uma versão paga de seu navegador Firefox. Essa variante coexistirá com a tradicional versão gratuita, que vem sendo aprimorada desde que chegou ao mercado, em novembro de 2004.

Como convencer alguém a pagar por um navegador? Bom, a Mozilla está apostando em uma integração diferenciada de serviços. De acordo com Chris Beard, CEO da Mozilla, em declaração ao site T3N, a versão premium do browser irá oferecer VPN e armazenamento em nuvem. A fórmula de pagamento projetada por Beard e sua equipe deve incluir uma espécie de assinatura.

Entre ambos os recursos, a VPN é sem dúvida o mais interessante, já que é mais uma camada de segurança para a navegação. O executivo da Mozilla diz que o serviço identificará, por exemplo, se você está em uma rede Wi-Fi pública e rodou uma aplicação bancária. A partir daí uma notificação será enviada ao usuário, sugerindo que a VPN seja ativada, criando um túnel seguro para a troca de informações.

A estratégia de integrar a VPN mantém a missão da Mozilla em entregar um navegador cada vez mais encorpado em termos de recursos de segurança. No ano passado a fundação iniciou os passos nesse sentido, com a recomendação, através do Firefox, pela assinatura de um serviço de VPN, o ProtonVPN.

A versão mais recente do browser é o Firefox 67, dois recursos relacionados ao fortalecimento da privacidade do usuário foram inseridas: o bloqueio de criptomineradores e fingerprinters, técnica que  utilizada por empresas de publicidade para rastrear um usuário ou dispositivo de acordo com vários fatores, tais como o navegador utilizado, sistema operacional, endereço IP, entre outros. Ao contrário dos cookies, que são armazenados no dispositivo, este sistema salva todos os dados em um servidor remoto.

Em relação a quota de mercado, o Firefox detém atualmente, de acordo com o NetMarketShare, 9.59%, ocupando a segunda posição entre os navegadores mais utilizados. O primeiro posto pertence ao Google Chrome, com esmagadores 66.21%.