Inteligência artificial pode acabar com 40% dos empregos nos próximos 15 anos, diz investidor

Inteligência artificial pode acabar com 40% dos empregos nos próximos 15 anos, diz investidor

Essa é a perspectiva de Kai-Fu Lee, um dos nomes mais importantes em relação ao debate sobre a inteligência artificial. Lee é mais um a apresentar uma visão nada otimista, mas realista, do impacto da IA no mundo, vista por ele a base para a maior mudança na história da humanidade, tendo um impacto maior até que a eletricidade.

Em entrevista à CBS o executivo com passagem pelo Google China, Microsoft, e que hoje comanda o fundo de capital de risco Sinovation Ventures, acredita que até 2035 40% dos empregos no mundo podem ser realizados por algum sistema baseado em inteligência artificial. Além dos trabalhos repetitivos, Lee diz acredita que a inteligência artificial preencherá cada vez mais vagas de “colarinho branco”, isto é, fora do escopo de funções braçais, como cargos administrativos e de gerenciamento.

Kai-Fu Lee
Kai-Fu Lee

Motoristas, por exemplo, terão seu trabalho redefinido nos próximos 15 ou 25 anos, declara Lee. Ele acrescenta que empregos com maior grau de complexidade, como chefs ou garçons, terão que lidar com com a automação se fazendo presente em lojas e restaurantes. Evidente que ainda há um abismo gigantesco entre características humanas e o resultado que pode ser entregue por um sistema automatizado.

Em um artigo publicado em sua página no Medium no ano passado o investidor diz que sua esperança é repassar a mensagem que ainda existe muitos trabalhos importantes que estarão assegurados aos humano”. ” A IA é poderosa e adaptável, mas não pode fazer tudo o que os humanos fazem”, diz Kai-Fu Lee em seu artigo.

O investidor também cita características que os humanos levam vantagem em relação à inteligência artificial. Uma das mais interessantes, e que é uma capacidade inerente ao homo-sapiens é sua empatia. ” A IA não pode, diferentemente dos humanos, sentir empatia e compaixão; portando, é improvável que os seres humanos optem por interagir com um robô apático para serviços tradicionais de comunicação”.

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Embora todos, na posição de consumidores, já passamos por dezenas de atendentes humanos apáticos e que está bem claro que não querem estar ali exercendo sua profissão. A empatia é um grande trunfo dos seres humanos mas ela precisa ser mais empregada, principalmente para quem trabalha direto com o público. Essa pode ser uma boa salvaguarda de muitos postos de trabalhos que podem continuar sendo exercidas por humanos. Além é claro, de empregos criativos, como o próprio Kai-Fu Le diz a IA consegue otimizar mas não consegue criar.

Outro passagem otimista de Kai-Fu Lee em relação ao futuro da IA pode ser conferida no TED Talks “Como a IA pode salvar a nossa humanidade”. Nele, o executivo conta como sua própria experiência de vida, um obcecado pelo trabalho, que estava a ponto de colocar isso à frente do convívio de pessoas que ama e a sua experiência de ter enfrentado um linfoma de 4ª grau o fez reconhecer a importância do amor e o fez ver uma nova forma de como a IA deveria mudar a humanidade e trabalhar e coexistir com a humanidade.

Frequentemente são divulgadas análises sobre o futuro do mercado de trabalho e o impacto da Inteligência Artificial. Dada a imprevisibilidade do mundo de hoje é impossível tratar esse assunto de robôs tomado o espaço de humanos com ironia ou descaso. A verdade é que tudo está mudando numa velocidade jamais vista. A maleabilidade, capacidade de se reinventar, será um fator ainda mais importante para o futuro da humanidade.

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Editor-chefe no Hardware.com.br, aficionado por tecnologias que realmente funcionam. Segue lá no Insta: @plazawilliam Elogios, críticas e sugestões de pauta: william@hardware.com.br
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