A HPE, divisão da Hewlett Packard, que conta com uma grande expressão no mercado global de servidores (quota de 19.9%), anunciou uma parceria com o Departamento de Energia dos EUA e a Sandia National Laboratories, que culminou no Astra, o supercomputador mais poderoso baseado na arquitetura ARM.
Desenvolvido sob o programa Vanguard, o Astra será usado pela Administração Nacional de Segurança Nuclear (NNSA) – responsável pela gestão e segurança de armas nucleares nacionais – para gerenciar grandes cargas de trabalho relacionadas a simulações no campo da segurança nacional, energia e ciência.
O Astra conta com uma capacidade computacional de 2,3 Petaflops, isso pode parecer “pouco”, quando comparado com os modelos que estão na parte de cima dos supercomputadores mais poderosos do mundo, porém a HPE explica que o Astra foi projetado gerenciar grandes quantidades de dados, num modelo de computação dirigida pela memória, que coloca o centro da arquitetura do servidor na memória, e não no processador.
Com essa proposta a HPE diz que o Astra exceder os limites de velocidade dos servidores atuais. De acordo com a companhia esse supercomputador conta com memórias 33% mais rápidas que muitos processadores x86. Outro ponto interessante é que há oito canais de memória, contra seis dos chips x86. O Astra conta com 5.184 processadores baseados em ARM – o processador Thunder X2, construído pela Cavium. Cada processador possui 28 núcleos (totalizando 145.000 núcleos) e é executado a 2 GHz.
A HPE também está fornecendo um sistema de refrigeração líquida com alta eficiência energética, chamado de unidade de resfriamento MCS-300, que é mais eficiente do que as soluções tradicionais refrigeradas a ar.
O Astra entrará em funcionamento no final de 2018.
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