OnLive Desktop pode estar violando as licenças do Windows e Office

OnLive Desktop pode estar violando as licenças do Windows e Office

A OnLive ganhou a fama permitindo rodar jogos remotamente. Algo que parecia impossível no dia-a-dia se mostrou bem aceito, desde que a distância entre os servidores e o cliente permitisse manter uma latência aceitável. Para o público dela nos EUA isso não foi problema.

Um pouco mais adiante e lá estava a OnLive novamente, com planos mais ambiciosos: a possibilidade de rodar o Windows 7 completo, incluindo o Office e Flash em dispositivos como iPads e tablets Android. Para o iPad a solução é interessante, já que ele não conta com suporte a Flash e um ou outro usuário pode acabar dependendo dele – supomos, por exemplo, uma necessidade específica numa empresa. Seja qual for o motivo de querer o IE ou Office no iPad, com o OnLive Desktop isso se tornou possível.

OnLive Desktop

OnLive Desktop; imagem do Engadget

Mas há algumas considerações que a OnLive parece que não tomou. O Windows e o Office são programas proprietários, com suas famosas licenças restritivas quanto à execução e compartilhamento. Estava passando batido para os games, mas com o OnLive Desktop a Microsoft decidiu se pronunciar.

Sem dar detalhes do caso, a MS apenas comentou que está negociando com a OnLive termos de licenciamento para que os serviços dela possam continuar existindo.

Tradicionalmente nenhuma outra empresa pode fazer streaming da tela do Windows para que outros usuários a utilizem sem ser por meio do Remote Desktop oficial da Microsoft – o que exige licenciamento também, dependendo da quantidade de usuários conectados e outras características do servidor. Além do Windows em si há a questão do Office, que exigiria novos tipos de arcordos. O problema se dá quando a OnLive repassa o uso a terceiros, basicamente alugando o acesso ao software – que parece ser virtualizado. É bem diferente de administrar seu próprio computador (ou da sua empresa) usando qualquer ferramenta de acesso remoto disponível.

Executivos da OnLive agora devem estar em apuros, tendo que arcar com custos que não esperavam. Bem que poderiam fazer algo parecido usando software livre, embora a recepção não seria a mesma…

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