Apple abre sistema de assinaturas na App Store para jogos

A Big Fish Games é a primeira a explorar o modelo de assinaturas na App Store da Apple para jogos. Até então apenas jornais e revistas faziam algo parecido, tendo o conteúdo publicado no Newsstand. O usuário paga um valor por mês e tem acesso aos recursos exclusivos, que no caso da Big Fish, serão outros jogos.

Antes ela vendia os jogos separados, geralmente por $1,99 cada. Paul Thelen, fundador da empresa, vê o modelo de assinaturas por meio da nova API algo do gênero “all-you-can-eat” – literalmente tudo o que você puder comer, ou levar, numa comparação com self service ou rodízio do tipo “coma à vontade”. A ideia básica é que o usuário compre um aplicativo, faça a assinatura por meio do próprio app e então possa baixar novos conteúdos ou jogos, sem se preocupar com a quantidade.

No caso da App Store esse é o primeiro caso. Se der certo poderá abrir as portas para outros produtores de games, num modelo de negócios que parece interessante – os clientes ficam “presos” se gostarem muito dos jogos.

O sistema de assinaturas nos aplicativos para iOS deve usar as APIs oficiais, garantindo os 30% da maçã. Anteriormente a Apple exigia que o preço fosse o mesmo ou inferior ao praticado fora da loja dela, mas depois abriu mão dessa restrição. No entanto, desenvolvedores que não querem de forma alguma deixar os 30% para a Apple, não podem linkar a página de compra/assinatura no aplicativo. Foi o caso da Amazon, Netflix e Dropbox, além de alguns leitores de ebooks, que são mantidos por meio de assinatura com cobrança fora da Apple. Seus aplicativos apenas permitem fazer o login, sem ter opção de compra. É aquela coisa do mundo Apple: tudo muito bonito, prático e funcional, mas exatamente do jeito que eles querem.

Atualização: algo deu errado nos planos da Big Fish. Seu aplicativo foi removido da App Store depois que o anúncio dela repercutiu.

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