Uma das maiores deficiências do Linux no desktop é a falta de um programa de edição de imagens fácil de usar, básico. O GIMP é poderoso mas avançado, confunde muitos iniciantes (tanto que foi removido do Ubuntu no passado para entrar um editor de vídeo). Fazer algumas operações simples no GIMP requer navegação por menus e diversos cliques, que normalmente não agradam quem só quer fazer uma ou outra modificação ou ajuste de vez em quando.
Muita gente quer ajustar fotos, recortar e colar partes, melhorar as cores, colocar texto… Sem precisar de conhecimentos mais avançados. Para Windows existem muitos programas de terceiros que resolvem esse problema. Um dos mais famosos é o Paint.NET, com muitos recursos sem deixar de ser um editor para uso básico.
Nesse sentido foi criado o Pinta para Linux e Mac (mas também tem para Windows), justamente com a idéia de ser uma espécie de “clone” do Paint.NET para Linux.
Já comentamos dele no GdH anteriormente. Agora, no final de abril, saiu a versão 1.0. Isso indica que o programa deve receber mais atenção, já que “1.0” passa a idéia de pronto e bem mais estável.
Ele tem suporte a camadas, filtros, curvas de cores (permitem corrigir muitas fotos com poucos cliques) e diversos recursos de desenho. Não se compara ao GIMP em quantidade deles, mas atende bem ao seus objetivos.
Enquanto não há pacotes da 1.0 para todas as distros, pode ser mais fácil instalá-lo compilando o código fonte. A compilação exige vários arquivos do GNOME/GTK+, mas ele roda bem em qualquer ambiente depois com as bibliotecas de runtime básicas. Ele requer o Mono 2.8 ou superior. Essa é uma característica vista como negativa por muita gente, já que sabemos que boa parte da comunidade open source não gosta de nada da Microsoft (o Mono sendo uma implementação do .NET, já viu…).
O Linux.com tem mais alguns detalhes sobre os recursos (em inglês). Desde que você não seja contra o Mono, vale a pena conhecer o programa.
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