As pessoas que têm seus computadores infectados por malware normalmente pelo menos uma vez na vida caíram em alguma armadilha, como os chamados phishing scam. Um site falso promete alguma coisa e o usuário cai, seja diretamente, via redes sociais ou até mesmo por meio de anúncios pagos em redes de publicidade que atingem sites de busca e sites de conteúdos diversos (precisa citar nomes? :P).
O problema nem é tanto do sistema operacional, mas do comportamento do usuário. A mensagem na tela diz para fazer tal coisa, a pessoa faz… Normalmente isso é associado ao Windows, uma plataforma cheia de vírus e pragas e etc, mas como depende do usuário concordar em instalar, é independente do sistema.
A Apple vem sentindo na pele o que a Microsoft passa há vários anos. Recentemente um malware chamado “Mac Defender” se passou por anti-vírus, oferecendo solução de problemas para Macs que nem existiam. Para corrigi-los, era necessário pagar pelo produto. Como existem muitos softwares de segurança comerciais, várias pessoas caíram.
Imagem do Ars Technica
Vírus para Mac não é comum, mas existe, assim como também para Linux – considerando que o Android é um sistema baseado em Linux, há inúmeros malwares para ele. Se a plataforma se torna popular, os ladrões digitais vão atacar de qualquer forma. Não compensa desenvolver apps maliciosas para atacar um sistema pouco usado, então a maioria ataca justamente usuários de Windows, causando a má impressão do sistema.
Inicialmente a resposta da Apple sobre o Mac Defender foi bastante negativa, deixando os clientes infectados sem saber o que fazer.
Isso foi remediado hoje, com a publicação de uma página de ajuda para remoção do Mac Defender. Menos mal. Mas bem que a Apple poderia ter sido mais amigável com quem tentava contatar o suporte há alguns dias.
Além das dicas de remoção manual a maçã prometeu uma atualização que em breve irá remover o Mac Defender e alertar os usuários caso ele seja baixado ou executado. É o começo de um “anti-malware nativo” no Mac. Por mais que seja um caso isolado, o próprio sistema dará conta de remover a praga – até que aparecerão outras e a situação poderá ficar complicada.
Em 2008 a Apple havia feito uma página recomendando softwares de segurança, normalmente generalizados como “anti-vírus”. A página foi removida, mas buscando pela URL dela no Google é fácil ver que era original, caso você não se lembre ou não tenha acompanhado a notícia na época.
Pode ser Windows, Linux, Mac, o que for: se o usuário cair na conversa, o cara do mal vai conseguir o que quer (normalmente dinheiro). Claro que isso não isenta outras responsabilidades de segurança do sistema, como algumas usadas em ataques sem que o usuário tenha vacilado, mas analisando por cima elas parecem ser mesmo a minoria.
Deixe seu comentário