Fim da associação BrOffice.org

A comunidade brasileira do OpenOffice mantinha a versão nacional com o nome BrOffice, o que começou por motivos legais, já que uma empresa detém os direitos da marca “OpenOffice” no Brasil. Com todo aquele rolo da Oracle e sua má relação com software livre, boa parte do pessoal do projeto principal (OpenOffice.org) passou a trabalhar com o LibreOffice, um fork dele. Como o BrOffice também aderiu ao LibreOffice, agora não há impedimentos do uso do nome ‘LibreOffice’ no Brasil. Junto com outros motivos, a comunidade do BrOffice está extinguindo sua associação, que existia formalmente para representar o projeto e apoiar os interesses da comunidade.

Segue texto divulgado no site BrOffice.org:

Em Assembleia Geral Ordinária da BrOffice.org – Projeto Brasil, os associados presentes decidiram por unanimidade pela extinção da ONG, na forma da lei, até maio de 2011, entendendo ser este um passo importante para a continuidade e soberania da comunidade, do projeto e do produto.

Esta é uma oportunidade de renovação e crescimento das comunidades e, no entendimento pessoal de cada um dos associados, é o momento de alinhar os esforços da comunidade brasileira ao projeto internacional LibreOffice, incluindo a substituição do nome “BrOffice” por “LibreOffice” no Brasil. Os associados reiteram seus votos de confiança na comunidade brasileira e no contínuo crescimento do produto em nosso País.

Subscrevemo-nos: Carlos Eduardo de Medeiros Braguini, Claudio Ferreira Filho, David Emmerich Jourdain, Eliane Domingos de Sousa, Felipe Augusto Van de Wiel, Gustavo Buzzatti Pacheco, Gustavo Celso de Queiroz Mazzariol, Leonardo Henrique Cezar, Noelson Alves Duarte, Olga Massako Yamadera, Olivier Henri Philippe Hallot, Rubens Queiroz de Almeida, Sandra Regina Marques de Barros Martins, Sincero Zeferino Filho, Vera Lucia Cavalcante Pereira

A ata da assembléia traz um resumo formal.

O projeto brasileiro adotou o LibreOffice também, toda a questão de branding passou a ser incorporada no LibreOffice, num processo de compilação mais fácil. Agora sem o nome, o programa será único no mundo todo com a marca “LibreOffice”, é claro, contando com apoio de brasileiros, traduções e recursos locais (como corretor ortográfico).

Notícia triste para alguns, mas boa pensando no futuro. Aliás o problema nem é mesmo o nome, mas são diversas outras questões que acabaram afundando a organização – leia aqui e aqui.

Para os usuários não deverá mudar muita coisa. A comunidade continuará colaborando com o projeto LibreOffice, mantido pela The Document Foundation. Só uma adaptação para o uso do nome será necessária, o que não é difícil.

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