Co-fundador do Napster: a guerra contra a pirataria da música é um fracasso

O co-fundador da popular rede Napster, Sean Parker, deu uma entrevista sobre a indústria da música e como ele pretende resolver seus problemas. Ele afirma que “a resposta final é que você tem que aceitar que a guerra contra a pirataria é um fracasso”, estimando ainda que de 4 a 10 trilhões de músicas tem sido baixadas ilegalmente, contra 4 bilhões legalmente.

Sobre seus colegas, Parker afirma que eles usam os serviços piratadas, porque eles são mais práticos. Alega que “a indústria da TV oferece uma resposta adequada [à revolução digital]. É uma indústria em transição, mas é uma que está fazendo tudo de uma maneira mais civilizada”. Ele ainda acredita que as pessoas estão dispostas a pagarem para a conveniência e a acessibilidade na TV, e que estas mesmas regras podem se aplicar no mundo da música.

A grande solução de Sean é o Spotify, um serviço de música baseado em DRM que permite streaming ilimitado de conteúdos de um punhado de grandes gravadoras, como Sony, EMI, Warner Music e Universal. O aplicativo para desktops também permite importar música do iTunes ou diretamente dos arquivos locais. O programa oferece uma plataforma ilimitada de streaming no desktop, mas o cliente mantém os arquivos bloqueados com o Spotify, significando que você não poderá gravá-los em seu reprodutor MP3, embora versões mobile dos aplicativos sejam disponibilizadas. Em suma, trata-se de um serviço ilimitado mas em um ambiente restrito.

Sean Parker investiu nada mais, nada menos que 14,86 milhões no Spotify em agosto, dando a ele 5% de propriedade do serviço. O Napster pode ter ido à falência, mas ele ainda será lembrado como uma revolução focada em trazer a indústria da música à era da Internet. Parker afirma que quer terminar o que começou, e que com o Spotify os usuários ficarão viciados na biblioteca de música que construírem.

O Spotify já tem 10 milhões de usuários na Europa, e mais de meio milhão são assinantes pagos. O serviço será ainda lançado nos EUA, provavelmente no final do ano. Não há previsão para o Brasil.

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